Análise Tática: Bayern 2×2 Chelsea (Pênaltis: Bayern 5×4 Chelsea)

Jogadores consolam Lukaku após o pênalti perdido (Foto: chelseafc.com)
Jogadores consolam Lukaku após o pênalti perdido (Foto: chelseafc.com)

Na última sexta feira, o Chelsea foi para Praga enfrentar o Bayern pela Supercopa da Europa e perdeu o título nos pênaltis. Apesar do revés os blues deram muitos motivos para deixar a torcida animada.  A partida marcou o reencontro de José Mourinho com Pep Guardiola – os dois travaram bravos duelos na Espanha em temporadas passadas e o último encontro não foi diferente.

Reforçado por David Luiz, mas ainda sem Eto’o e Willian, Mourinho escalou o time num 4-2-3-1  repetindo a dupla de volantes e com Schürrle, Oscar e Hazard na linha dos três meias e Torres no comando de ataque. Desfalcado de Schweinsteiger e Thiago, Guardiola inovou e colocou Lahm para atuar como volante ao lado de Tony Kroos. Mais a frente, Robben, Muller e Ribéry atacavam a defesa azul.

Kroos quase formava um 4-1-4-1 no Bayern

Como já é peculiar nos times treinados por Guardiola, o Bayern teve mais posse de bola do que o Chelsea, porém foi o time londrino que teve as melhores oportunidades. Em uma jogada característica dos clubes comandados por Mourinho, Schürrle cruzou da direita para Torres fazer um belo gol. A partir daí os bávaros tentavam pressionar quase sempre pelo lado esquerdo com Ribéry e o jovem Alaba. O melhor jogador da Europa teve espaço para chutar cerca de 5 vezes para o gol de Cech.

Os bávaros mantiveram a posse de bola, mas sofriam com os contragolpes azuis. Torres quase ampliou em outro cruzamento do alemão Schürrle. Robben, que foi muito bem marcado por A.Cole, apareceu em uma enfiada para Müller sair de frente para o gol, mas Cahill travou o chute. O primeiro tempo foi até o fim com posse alemã, mas com ingleses em vantagem e jogando melhor.

Na segunda etapa, antes que pudessem se estabilizar em campo, o Bayern empatou a partida com um bom chute de fora da área de Ribéry. A partir daí, e com a a entrada de Martínez no lugar de Rafinha, o time vermelho cresceu no jogo e foi melhor nos 15 minutos iniciais do segundo tempo. Depois disso, os blues acordaram e criaram muitas chances de desempatar a partida – na melhor delas Oscar perdeu o gol cara a cara com Neuer.

Assim como no gol alemão, mal deu tempo de os times se fixarem em campo na prorrogação e Hazard marcou e pôs a taça no rumo de Stamford Bridge. Depois do gol o Bayern pressionou e Gotze, que entrou no lugar de Müller, tentava criar as jogadas sem sucesso. Os bávaros chegavam pelo alto e nas bolas paradas, Martínez, Mandzukic e Ribéry obrigaram Cech fazer grandes defesas.

Com a expulsão de Ramires no fim do segundo tempo e a pressão bávara, Mourinho reforçou a defesa, tirou Schürrle e  Hazard e colocou Mikel e Terry pra segurar o resultado. Lukaku substituiu Torres para tentar segurar a bola no campo de ataque azul. O Chelsea atuava numa espécie de 5-3-1 e segurava bem o bombardeio alemão. Faltando 7 segundos para o fim do jogo, em bola rebatida na área, Martínez empatou e levou a decisão para os pênaltis. Nas penalidades, o Chelsea foi derrotado. Lukaku desperdiçou a última cobrança e o Bayern se sagrou campeão.

Dessa vez o título não foi para Londres, mas o futebol apresentado contra o principal time da Europa na atualidade foi animador. O Chelsea foi melhor que o Bayern, criou mais chances e por uma fatalidade não foi campeão. Como disse Mourinho, “O melhor time em campo perdeu“. Com Willian e Eto’o a confiança cresce ainda mais e a expectativa para o resto da temporada é de títulos para Stamford Bridge.

Category: Competições

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Article by: Chelsea Brasil

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