O fim de semana repleto de Chelsea terminará com a partida entre as Blues e o Reading neste domingo (2) em Kigsmeadow. O jogo da 19ª rodada da FA Women’s Super League está marcado para às 14h45 (horário de Brasília) e será transmitido pelo Star+.
No primeiro turno do campeonato, no Madejski Stadium, o time de Emma Hayes foi derrotado pelas Royals pelo placar de 1-0. Em meio a apagão da defesa do Chelsea, Deanna Rose, basicamente, cruzou o campo conduzindo a bola. Em seguida, a camisa 6 do Reading abriu na direita com Emma Harries e entrou na área. Harries cruzou para Rose, sozinha dentro da pequena área, chutar de primeira para abrir o placar com quatro minutos de jogo.
Após o gol, o tom da partida se desenhou: as londrinas dominaram em todos os sentidos. Porém, por falta de objetividade, não conseguiram concluir bem as jogadas. Assim, terminando a partida com 77% de posse de bola e 34 chutes, sendo apenas cinco deles no gol. E, logicamente, sem conseguir marcar gols apesar do domínio.
Jogo que impõe desafios
Mesmo estando em um momento diferente no campeonato do que aquele que estava no primeiro turno, a expectativa é que as Blues esbarrem nos desafios impostos pelo Reading:
“Elas defendem muito como unidade. Então, tornam muito difícil, especialmente na pequena área, elas botam todas as jogadoras ali“, disse Emma Hayes sobre uma das grandes questões que dificultaram o ataque do Chelsea na partida de dezembro.
Da mesma forma, Hayes ressaltou a qualidade do ataque da equipe de Kelly Chambers. Tanto no que diz respeito ao estilo, como no que diz respeito às jogadoras:
“No contra-ataque elas tem sido excelentes. Natasha Dowie e Deanne Rose tem sido duas jogadoras centrais para elas [Royals]. Além disso, são parte da razão pela qual perdemos para ela. Assim como são parte da razão pela qual elas [Royals] têm tido sucesso. Em especial na segunda metade da temporada“.
Logo, Chambers e sua equipe chegam em Kingsmeadow ocupando a 8ª posição do campeonato com 24 pontos, com sete vitórias, três empates e oito derrotas. Somados à 20 gols marcados e 29 sofridos. Nesse sentido, caso os demais resultados colaborem, pode ser que, com uma vitória ou até um empate, o Reading suba algumas posições na tabela. Por outro lado, em caso de derrota, pouco faria diferença visto que estão seis pontos a frente do nono colocado.
Para o Chelsea, por sua vez, apenas a vitória interessa para que seja possível seguir na liderança do campeonato. Caso contrário, dependeria da sorte para se manter na primeira posição e, mais ainda, para ir em busca do título.
Novo momento no campeonato
Depois de serem eliminadas da Liga dos Campeões Feminina e perderem o título da Copa da Liga para o Manchester City, as Blues tiveram uma virada de chave na temporada.
Dessa forma, o título da FA WSL se tornou o grande objetivo. Logo, Hayes destacou que confiança ganha nas últimas partidas será essencial nesse fim de campanha:
“Quero que as meninas foquem em cada jogo com a confiança que elas [jogadoras] vêm mostrando. Essa confiança está rendendo bastante por conta do trabalho que elas fazem todo dia nos treinos“.
Além disso, a comandante ressaltou que o que se passa no clube não deve afetar muito o trabalho rumo aos objetivos da equipe:
“Estamos só curtindo nosso futebol. Não pensamos muito sobre nosso ambiente, as meninas pedem por treinos desafiadores. Tem uma espécie de alegria no modo como jogados, coesão no que estamos fazendo“.
Reta final
Contando com a rodada deste fim de semana, restam apenas cinco jogos para o Chelsea Women no campeonato inglês. Sendo assim, depois de jogar contra o Reading neste domingo, ainda em abril as Blues vão ao norte de Londres jogar contra o Tottenham no dia 24 e recebem as Spurs em Kingsmeadow no dia 28.
Já em maio, pela penúltima rodada, viajarão para enfrentar o Birmingham City e, para fechar a campanha, recebem o Manchester United no dia 8 de maio.
Com isso, a treinadora da equipe comentou sobre os compromissos finais no campeonato e a importância de performar bem para que, eventualmente, seja possível conquistar o título:
“Sabemos que temos jogos difíceis pela frente, isso não muda. Para nós ganharmos a liga [vencendo todos os jogos restantes] ainda temos alguns oponentes complicados pela frente“.
No momento, as Blues estão na primeira colocação com apenas um ponto a mais que o segundo colocado, o Arsenal. Mais ainda, as equipes tem a mesma quantidade de jogos. Ou seja, qualquer deslize pode significar uma chance menor de permanecer em primeiro e Hayes sabe bem disso:
“Estamos acostumadas a estar nessa posição e para ser honesta, a pressão… nós não a sentimos. Porque eu prefiro estar em uma posição em que algo está em nosso controle do que o contrário“.
Performances individuais sólidas, mesmo com desfalques
Desde o final do ano de 2021, as Blues vem sofrendo com muitas lesões. Na verdade, até mesmo antes disso, com as lesões de Maren Mjelde e de Lauren James (que ainda estava no United) na última temporada. Agora, além de Melanie Leupolz que está grávida e não voltará a jogar nesta temporada, Fran Kirby e Pernille Harder são desfalques há algumas rodadas.
“Elas só não estão prontas. Pernille vai voltar antes de Fran? Não sei. Só sei que elas não estarão disponíveis esta semana. Não tem como colocar um prazo nessas coisas, mas espero que seja pouco tempo”, disse Emma sobre as lesionadas.
Na ausência de dois grandes nomes do ataque, quem tem chamado a responsabilidade é Bethany England. E a técnica das Blues não deixou de comentar sobre a importância da camisa 9 para a equipe:
“Ela está treinando muito bem desde o natal, sua aplicação, sua atitude, suas contribuições para o time tem sido de primeira. Ela está sendo recompensada por seu trabalho duro, ela tem sido aplicada, trabalhando muito e estamos vendo sua melhor forma“.
Volta do público
Por conta das sanções ao clube, as últimas semanas tem sido de incertezas quanto a presença de torcedores nos jogos das equipes. Porém, o Chelsea Women poderá receber público para a partida contra o Reading – e para as demais até o fim do campeonato.
“Eles [torcedores] são críticos para nosso jogo e para nossas performances, então, quanto mais melhor!”, apontou Hayes sobre a importância dos torcedores para o time nesta reta final.
Por fim, vale lembrar que além das partidas citadas o Chelsea segue vivo na disputa da Women’s FA Cup e enfrentará o Arsenal na semi-final no dia 17 de abril. Logo, ainda há muito em disputa para as Blues e o apoio da torcida será essencial nessas últimas partidas. Tanto do campeonato quanto da copa.
