Blog: O Chelsea na janela de transferências do verão europeu

As principais contratações do Chelsea nesta janela, vieram do Anzhi. (Foto: Montagem)
As principais contratações do Chelsea, nesta janela, vieram do Anzhi. (Foto: Reprodução)

A janela de transferências prometeu ser uma das mais movimentadas da história quando se iniciou. E não foi diferente disto. Neymar chegou ao Barcelona, Gareth Bale foi para o Real Madrid, Mesut Özil chegou no Arsenal, Marrouane Fellaini aterrissou em Old Trafford…

No Chelsea também não foi diferente. A principal contratação, no entanto, está no banco de reservas. José Mourinho voltou e com ele, a esperança de novamente erguer a taça da Barclays Premier League e também a certeza de que o futuro em Stamford Bridge é bastante promissor.

Chegadas

André Schürrle: Foi a primeira contratação do Chelsea para a temporada 2013/2014. O Ex-Bayer Leverkusen chegou por 18 milhões de libras. Schürrle é o tipo de jogador muito versátil, podendo jogar em qualquer posição no ataque. Além disso, consegue fazer a função de meia, caindo pelas pontas. Sua principal característica é a do forte arremate à gol, que lhe rendeu na última temporada 14 tentos. Chega para oferecer mais opções no ataque dos Blues.

Marco Van Ginkel: A parceria entre Chelsea e Vitesse parece fortalecer a cada dia. E o volante holandês pode ser uma das provas disto. Contratado por 8 milhões de libras, o jovem foi uma indicação de José Mourinho para oferecer mais opções em um setor carente no Chelsea. A princípio, deve ser reserva na equipe, mas com o passar do tempo pode ter suas chances entre os onze titulares.

Mark Schwarzer: Pode não parecer, mas o goleiro australiano foi uma das aquisições mais importantes do time nesta janela. Sem custos aos cofres do Chelsea, Schwarzer chega para ser o goleiro reserva que os Blues tanto necessitavam. Isso porque quando Petr Cech se lesionava, as traves precisavam ser seguradas por Ross Turnbull, arqueiro que não transmitia segurança alguma. Essa deve ser a última temporada da carreira de Schwarzer.

Willian: A contratação mais cara do Chelsea nesta janela. O brasileiro já era dado como certo no Tottenham, mas Roman Abramovich atravessou a negociação, pagando 32 milhões de libras ao Anzhi. Há os que digam que foi um negócio desnecessário, dada a quantidade de meio-campistas no elenco, mas se jogar tudo aquilo que jogou no Shakhtar Donetsk, pode dar muitas alegrias ao torcedor blue.

Samuel Eto’o: Outro atleta que veio do Anzhi. Porém, o experiente centroavante não custou nada e chega em Stamford Bridge para ser o temido camisa #9 que o elenco tanto precisava. Vale ressaltar que Eto’o e Mourinho são velhos conhecidos dos tempos de Inter de Milão, o que pode ser vantajoso para o Chelsea nesta temporada.

Contratados e Emprestados

Cristian Cuevas: Mais um jogador que chega por causa da versatilidade. Ele pode jogar tanto como winger (sua principal posição) ou até como lateral-esquerdo. Não foram revelados os valores da negociação junto ao O’Higgins do Chile, mas a imprensa especula que as cifras chegaram a dois milhões de libras. Ele foi emprestado ao Vitesse.

Christian Atsu: Outro atleta emprestado ao Vitesse. Foi contratado no penúltimo dia do mercado europeu, junto ao Porto por apenas 3.5 milhões de libras, valor que para os padrões do Chelsea é considerado baixo. Se mostra um jogador rápido, com ótima qualidade de passe. Ele gosta de atuar nas pontas, mas faz a posição central da mesma maneira. Uma boa contratação para os Blues, visando o futuro.

Saídas

Yossi Benayoun: Com o contrato encerrado, não teria mais espaço em Stamford Bridge. É um jogador que não deixará saudades na torcida do Chelsea. Pouco fez no tempo em que alternou entre a camisa #10 e #30 dos Blues. Foi emprestado a clubes como West Bromwich e Arsenal, mas teve o mesmo desempenho pífio.

Paulo Ferreira: Conquistou quase tudo que era possível no Chelsea. Teve uma carreira vitoriosa no Porto também. Não foi um lateral-direito unânime em Stamford Bridge devido a sua baixa qualidade, mas teve papel importante no amadurecimento dos jovens atletas. Com o fim de seu contrato, encerrou a carreira.

Ross Turnbull: Mais um que não teve o contrato renovado e foi parar no Doncaster Rovers. Quando Cech se lesionava, a torcida do Chelsea já tinha o que temer quando Turnbull assumia as luvas. Não deixará saudades.

Florent Malouda: Há quem diga que Malouda foi injustiçado nas últimas temporadas. Torcedores ainda se lembram do excelente ano em que o francês liderou o time ao título da Barclays Premier League de 2009/2010. No entanto, ele fez o certo ao deixar o clube quando ficou sem contrato. Ele sabia que não teria mais espaço com o meio-campo tão inchado. Assinou com o Trabzonspor da Turquia, que também conta com o ex-blue José Bosingwa.

Thibaut Courtois: Há duas temporadas no Atlético de Madrid, Courtois já provou ser um dos melhores goleiros do mundo. Raramente falha, tem um salto impressionante, faz defesas extraordinárias – só para citar um pouco das várias qualidades do belga. A diretoria acertou em deixá-lo mais um ano na Espanha. E os torcedores sabem disso. Eles também sabem que quando Petr Cech deixar as traves de Stamford Bridge, a deixará em ótimas mãos.

George Saville: O garoto passou a última temporada emprestado ao Millwall, onde não recebe oportunidades. Agora repassado ao Brentford City, Saville pode mostrar a que veio.

Todd Kane: Lateral-direito que tem futuro. Tanto é que o Blackburn foi rápido em mantê-lo no elenco por mais uma temporada. Se o Blackburn tivese sido rebaixado na última época, a culpa passaria longe de Kane, que foi um dos grandes destaques da equipe. E já começou bem no início desta temporada, marcando até gol. Olho nele.

Jeffrey Bruma: As pessoas lembram-se de Bruma com o rótulo de ‘eterna promessa’. No Chelsea, não vingou. No Hamburgo, onde passou dois anos emprestado, também não. Há os que digam que a cabeça do jovem foi mal-trabalhada. Talvez tenha sido isso mesmo. De qualquer forma, iremos descobrir isso nesta época, onde o holandês foi vendido ao PSV Eindhoven por 3.5 milhões de libras. A diretoria dos Blues foi rápida, e pediu prioridade em uma futura negociação, caso Bruma seja realmente tudo aquilo que já falaram dele.

Marko Marin: “Ah, Marin nunca era escalado.” Essa foi a frase que mais ouvi dos torcedores do Chelsea. Que Marin não tinha tempo de jogo, e dessa forma não mostraria a que veio. Errado. Marin teve sim, suas oportunidades, em partidas das Copas Inglesas e até na Premier League. Só que as pessoas não percebiam que ele estava em campo, porque o mesmo não aparecia. Com o inchaço no meio-campo, o alemão foi repassado ao Sevilla, onde vai bem por enquanto. Pode ser que no clube espanhol, ele contrarie minha fala. A conferir.

Oriol Romeu: Teve começo promissor com André Villas-Boas no comando técnico. No entanto, Romeu foi gradativamente caindo de produção, até que se viu sem espaço no elenco. Agora está emprestado ao Valencia, onde até o momento, amarga o banco de reservas.

Lucas Piazon: O brasileiro, sem oportunidades no Málaga (clube onde atuou na última temporada) e no próprio Chelsea, foi emprestado ao clube parceiro dos Blues. Sim, novamente o Vitesse. No Erevidisie, Piazon deve aprender o necessário antes de se mudar para uma liga como a Barclays Premier League.

Wallace: A lateral-direita é outra posição no Chelsea que está preenchida. Branislav Ivanovic é dono da camisa #2 e ainda é perseguido por César Azpilicueta. Por conta disso, a Inter de Milão se aproveitou e assegurou os serviços de Wallace, por empréstimo de uma temporada. Olho nele, que recebeu muitos elogios de José Mourinho.

Victor Moses: Um dos jogadores mais ‘queridos’ por Rafa Benítez perdeu espaço com Mourinho. Moses foi importante na conquista do título da Liga Europa, mas as aquisições do elenco o fizeram mudar de ares. Por empréstimo, acertou com o Liverpool, clube onde com toda certeza, terá tempo em campo. Uma venda para os Reds não poderia ser descartada pela diretoria azul.

Ulises Dávila: Pouco a falar sobre este empréstimo. Dávila ficará no Córdoba da Espanha, por um ano, e tentará provar, mais uma vez, que pode estar no time principal do Chelsea. No entanto, é bastante improvável que isso venha acontecer no futuro.

Romelu Lukaku: A grande ‘bomba’ dos atletas que deixaram Stamford Bridge. Lukaku assinou, por empréstimo de um ano, com o Everton de Roberto Martínez. O belga foi crucificado por muitos torcedores após perder o pênalti decisivo na final da Supercopa da UEFA. Na pré-temporada, ele estava se mostrando o melhor centroavante do elenco, marcando gols e apresentando vontade. Agora, terá que provar novamente que pode sim ser o ‘novo Didier Drogba’ que a torcida tanto espera.

Thorgan Hazard: O Chelsea re-emprestou Hazard ao Zulte-Waregem da Bélgica, clube onde o irmão mais novo de Eden Hazard foi destaque. Ainda é, para falar a verdade. Isso porque neste começo de temporada, Hazard está voando, marcando gols e dando muitas assistências. Eden sempre falou de sua grande qualidade técnica, e ele não estava errado. Thorgan pode sim, se tornar ídolo dos Blues no futuro. Mas por enquanto, deve aproveitar sua estadia no Zulte.

Sam Walker: O bom final de temporada com a camisa #1 do Colchester United, lhe rendeu um novo contrato, por empréstimo. Agora, o arqueiro tem maior responsabilidade, pois será o titular da equipe desde o princípio do ano.

Daniel Pappoe: Fará companhia a Walker no Colchester. Por enquanto, está amargando o Colchester Sub-21. Pappoe deve lutar para ganhar oportunidades.

Milan Lalkovic: Emprestado ao Walsall. Já rodou por vários clubes na Europa, mas ainda não mostrou seu valor. Tem nova chance, agora no futebol inglês.

Billy Clifford: Um dos responsáveis por livrar o Colchester do rebaixamento, na temporada passada, não permaneceu no clube. O Chelsea preferiu repassá-lo ao Yeovil Town. Clifford pode desempenhar tanto o papel de lateral-direito, como o de meio-campo. Sua versatilidade pode ajudá-lo a ganhar uma vaga no time titular do Yeovil.

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

Category: Chelsea Football Club

Article by: Vinícius Paráboa