O ex-jogador e ídolo do Chelsea, Ashley Cole, afirmou, em recente entrevista, que alguns jogadores do elenco dos Blues na temporada 2011/2012 não estavam dispostos a trabalhar duro por André Villas-Boas, o que significa que o período do português no comando da equipe sempre esteve destinado a ser de curta duração.
O ex-técnico dos Blues durou pouco mais que sete meses em Stamford Bridge, em meio a um vestiário conturbado e resultados decepcionantes. O português foi contratado com a missão de renovar um elenco que à época parecia envelhecido, contando com seus maiores ídolos já considerados nos fins de suas carreiras, como era o caso de Frank Lampard e Didier Drogba, ambos então com 33 anos, John Terry e Ashley Cole, que à época estavam prestes a completar 31 anos, e Nicolas Anelka, então com 31 anos de idade.
Porém, ao não escalar algumas destas estrelas com frequência, optando por jogadores mais jovens, Villas-Boas acabou por criar uma situação insustentável no elenco, o que levou a sua demissão em Março de 2012, pouco mais de sete meses após o início da temporada.
De acordo com Ashley Cole, atualmente jogador da Roma, o elenco que posteriormente veio a ganhar a Liga dos Campeões daquela temporada, não se esforçava por Villas-Boas. Em entrevista à ESPN, o lateral esquerdo afirmou:
“Havia alguns jogadores que não faziam questão de se esforçar por Villas-Boas, mas assim que [Roberto] Di Matteo assumiu, tudo isso mudou.”
Roberto Di Matteo, que antes de assumir o comando da equipe era auxiliar do português, conseguiu agregar mais luta e competitividade ao elenco do Chelsea, que sob seu comando venceu o Bayern de Munique, na histórica final que deu ao Chelsea seu primeiro título de campeão da UEFA Champions League.
A conquista, juntamente com o título da FA Cup, mostrou que aquele elenco era, de fato, qualificado e competitivo, mas que Villas-Boas não tinha o comando da equipe durante sua passagem.
