Crônicas: Erros individuais comprometem o resultado e a atuação. Banco de reservas salva Mourinho, que precisa abrir os olhos

Ramires e Willian: as mudanças que salvaram Mourinho de mais um vexame (Foto: Divulgação)

Para um time em crise, momentos como esse fazem a diferença. O empate está longe de ser bom em um contexto geral do campeonato, mas pode servir para que o time venha a reagir na sequência. Ainda existe muita coisa errada, mas, tirando os erros individuais nos gols, hoje vimos uma boa partida. Nem tudo está perdido. Wake Up, Mourinho.

Desde os primeiros minutos, o Newcastle teve o domínio de posse (o que contraria um princípio adotado por Mourinho no começo da temporada, de controle do jogo). As tentativas do Chelsea eram em contra ataques terrestres ou em lançamentos longos de Fàbregas ou Matic, falhos.

No jogo contra o Arsenal, havia dito que Fàbregas se sente mais confortável com Oscar em campo, e o mesmo se aplica a Hazard. O belga foi a melhor peça ofensiva durante a primeira etapa, sendo responsável pelos poucos momentos de desafogo do time. Apesar de tímido, Oscar distribuía bem o jogo, mas sem criar, de fato, oportunidades. Pela direita, Pedro destoava totalmente do brasileiro e do belga, se anulando em campo, com muitos erros de passe.

O Chelsea foi bastante seguro defensivamente na parte inicial da partida. Oscar e Pedro eram eficientes na marcação pelos lados, assim como Matic e Fàbregas, que dificultavam a criação do Newcastle. Ivanovic e Azpilicueta também se comportavam bem. Na defesa Cahill foi bastante seguro, fazendo seu jogo mais “ok” da atual temporada. Acabou sobrando para Zouma, que apesar de ser um jogador em ascensão, comprometeu nossa partida.

Aos 41 minutos, o francês teve um momento pitoresco, se desligando da jogada e deixando Pérez livre para finalizar. 1-0 que apagou a atuação segura do primeiro tempo e deu drama para o segundo tempo.

Como já era de se esperar, os Blues tiveram campo na segunda etapa. No entanto, muitos passes sem objetividade. O gol de Wijnaldum, “abandonado” por Fàbregas e subindo sozinho no meio da defesa, até foi bom no contexto da partida. Mourinho tirou o sorriso sarcástico/arrogante do rosto e foi atrás do resultado, mudando o time com Willian, Falcao e Ramires.

O Chelsea passou a criar bastante, e Hazard mostrou sua melhor versão na parte final da partida. Primeiro, o belga fez boa jogada e deixou para Oscar, que finalizou com muito perigo. Depois, Eden arrancou, driblou três marcadores mas não conseguiu concluir da melhor maneira. Na terceira investida, Hazard encontrou Ramires em boas condições, e o brasileiro correspondeu: chute alto, sem chances, para acordar o Chelsea.

No meio tempo até o gol de empate, Pedro perdeu uma chance clara após lançamento de Fàbregas. Era a chance de apagar a péssima atuação do jogador contratado no início da temporada. Sorte dele que, aos 41, Willian levantou na área e contou com uma “participação” de Ramires/falha de Krul, para empatar o jogo. Ainda antes do apito final, Ramires quase completou uma atuação de gala, exigindo grande defesa do arqueiro rival. Foi por pouco.

Considerações: Ramires nos fez voltar a 2012, 2013, apresentando um excelente futebol nos seus poucos minutos de campo. Ainda é cedo para se empolgar com ele, mas fica o agradecimento pelo bom jogo de hoje. A saída de Willian do time titular foi inexplicável, e sua entrada hoje justifica isso: boa participação, tranquilidade em momentos complicados e gol decisivo. Pedro já provou que pode, sim, ser um reforço, mas não está no nível do brasileiro. Oscar vem se recuperando fisicamente, e hoje deu mais uma prova de que pode ser importante. Excluindo Ramires, que mudou o jogo, Hazard foi o principal nome do Chelsea em 90 minutos. A zaga foi bem, exceto o erro de Zouma. Fàbregas também falhou em um gol, mas no geral fez uma boa partida. Os laterais, corresponderam, com destaque para a recuperação de Ivanovic do começo desastroso de temporada. A principal preocupação, hoje, fica por conta de Mourinho, que PRECISA mostrar versatilidade tática. Novamente só tivemos a oportunidade de criar chances quando o adversário se retraiu. Quando precisa tomar atitude, em “igualdade”, nada acontece. Uma derrota hoje cairia principalmente na conta do técnico, que foi salvo pelo seu banco de reservas. Como já dito, o empate é péssimo no contexto do campeonato, mas bom pelo momento terrível. Ainda é possível ter aspirações em 2015/16.

Category: Competições

Tags:

Article by: Chelsea Brasil

Somos o Chelsea Brasil, marca oficialmente reconhecida pelo Chelsea no Brasil e especializado em conteúdos e na comunidade de torcedores do Chelsea no Brasil.