Em entrevista ao TalkSport, o técnico José Mourinho recusou-se a descartar uma nova oferta do Chelsea pelo defensor John Stones, do Everton, mas revelou que considera a janela de transferências fechada assim que a nova temporada começar.
O português falou também sobre o incidente envolvendo Arsène Wenger após a partida pela Community Shield no último domingo (02), em Wembley, e sobre sua preocupação acerca do condicionamento físico do atacante Diego Costa.
Perguntado sobre o interesse do Chelsea no jovem Stones, que também é alvo do Manchester United, Mourinho desconversou:
“O que acontecer aconteceu, mas não perderei tempo pensando sobre a janela de transferências.
Para mim a janela de transferências acabou. Eu não gosto da janela aberta quando a competição começa. Eu sei que está aberta, eu sei que o clube pode comprar ou vender, mas eu não gosto dessa sensação. Como técnico, estou pensando nos meus jogadores, no meu elenco, e não quero pensar em transferências. Clubes e jogadores precisam de um período de calma e respeito quando a competição começa.
Imagine um jogador do Swansea jogando contra o Chelsea no sábado e aí ele vai para o Manchester City, e então joga contra o Chelsea de novo na semana seguinte. Não consigo colocar isso na minha cabeça”.
No entanto, após uma movimentação tímida na atual janela até agora por parte do Chelsea, Mourinho admitiu que está preocupado pelo quanto os rivais da Premier League se fortaleceram e concordou que a atual condição física de Diego Costa é ‘um pouco preocupante’, sugerindo que o atacante deva ficar de fora do jogo de estreia que será contra o Swansea City, no sábado (08), em Stamford Bridge.
“Ele não terminou a temporada e não começará a temporada, e isso não me deixa feliz. Não estou falando contra o garoto, o garoto está se esforçando muito, mas não é uma sensação boa para ele, e não é uma sensação boa para mim”.
Sobre Wenger, que aparentemente recusou um aperto de mãos com o Mourinho após o apito final do jogo em Wembley no domingo (02), o português foi reflexivo – fazendo uma referência ao último confronto entre os dois, quando ele foi empurrado pelo técnico do Arsenal dentro da área técnica.
“Eu acho que a pessoa é uma coisa, o treinador é outra; é uma coisa nas ruas, outra coisa no estádio de futebol. Em um estádio eu nunca recusei um aperto de mãos com um rival. Fora o respeito pelo meu clube, respeito pelo futebol, nunca recusei um aperto de mãos com um treinador em um estádio de futebol.
Na última temporada eu tive um comportamento fantástico dentro de campo… nunca fui mandando para o vestiário. Eu fui (até) empurrado na área técnica por outro treinador e foi uma boa experiência – eu mantive meu controle emocional”.
Mourinho também comentou sobre o futuro de John Terry, dizendo que ele não espera que o zagueiro jogue todos os jogos nessa temporada – ou que ele tente um retorno à seleção inglesa para a Euro 2016.
“Ninguém pode esperar que ele jogue cada minuto da temporada da Premier League. Você não pode esperar que ele repita isso. Mas eu sei que ele pode fazer uma temporada muito boa.
Eu não acho que ele jogará pela Inglaterra de novo, e eu não acho que Roy Hodgson virá com essa proposta para ele. Roy tem defensores jovens muito bons no país… e John não está pensando nisso. Ele acha que seu tempo com a seleção acabou”.
Perguntado sobre qual seria seu sonho para o Chelsea nessa temporada, já que o clube buscará a defesa do título da liga inglesa, Mou respondeu:
“O sonho é ganhar do Swansea (no sábado), eu não tenho mais nenhum sonho para a temporada. Iremos semana após semana.
Somos os campeões, jogamos com aquela coisa dourada nas nossas camisetas. Eu quero que os jogadores se sintam dessa forma. (Mas) é um grande desafio para nós nessa temporada”.