
A lesão na cabeça sofrida por Oscar no empate contra o Arsenal, em 26 de abril, gerou confusão nos bastidores do Chelsea. O meia brasileiro se chocou com o goleiro adversário, David Ospina, aos 16 minutos do primeiro tempo e foi substituído no intervalo, com um inchaço no rosto.
A Premier League vem disponibilizando médicos próprios para avaliar choques mais sérios durante os jogos, para evitar que jogadores lesionados voltem a jogar e tenham a lesão agravada. Oscar passou por essa situação, e teve uma concussão constatada. Logo, ele deveria ter sido retirado de campo (o que foi feito) e deveria ficar em repouso do futebol por seis dias. Entretanto, os médicos do Chelsea negaram que o brasileiro tenha sofrido a lesão, e ele foi relacionado para a partida seguinte, contra o Leicester, três dias depois:
“Ele (Oscar) não teve a lesão na cabeça – alegou o técnico José Mourinho, em entrevista ao jornal The Guardian. Ele teve um choque forte com Ospina, mas não foi uma lesão na cabeça. O departamento médico foi fantástico no tratamento dado a ele. Após isso, ele sofreu um lesão na coxa que o tirou da temporada.”
O Chelsea não se impressionou com a avaliação do Dr. Willie Stewart, que comentou o caso ao Daily Mail, mas fez críticas implícitas à conduta do seu departamento médico, acreditando que as diretrizes do Conselho Geral de Medicina foram violadas, uma vez que o médico não era “parte clínica” do ocorrido. O clube irá discutir com a FA acerca dos comentários, que podem caracterizar conduta imprópria.
Apesar de o médico chefe da FA não ter comentado o fato, o Dr. Stewart não poupou palavras:
“Estou espantado que, em pleno 2015, Oscar tenha ficado em campo. Os protocolos da Premier League dizem que o jogador deve ser retirado de campo em qualquer suspeita de perda de consciência.”
Em meio ao conflito médico, o Chelsea acredita que outros clubes da Premier League também devem estar desconfortáveis ao ver o Dr. Stewart comentar casos específicos sem conhecer todos os fatos e todas as normas de conduta da FA acerca de concussões. O clube pretende levantar a questão à Federação.