
Com os olhos voltados para a partida contra o Paris Saint-Germain, José Mourinho, durante a sua entrevista pré-jogo realizada em Londres nesta segunda-feira (16) antes da viagem até a França, manteve segredo sobre os 11 homens que estarão atuando em Parc des Princes na busca de uma vitória na primeira partida válida pelas oitavas de finais da UEFA Champions League.
O português não revelou quem será o goleiro titular da partida, e só deu o nome de Diego Costa como certeza na line-up. Obi Mikel não viaja.
“Sim, eu começo ele (Costa). Mas eu não acho bom um jogador estar a três semanas ou três jogos sem iniciar uma partida. Então eu não acho que ele esteja no melhor de sua condição. Mas, ao mesmo tempo, [Loic] Remy e [Didier] Drogba atuaram nos últimos três jogos. Obviamente é importante que eles tenham minutos e confiança. Eu sei disso e tenho os dois prontos para o jogo também.”
Mourinho foi, então, perguntado se Thibaut Courtois voltaria às redes após o desempenho heroico de Petr Cech contra Everton última quarta-feira (11). O técnico dos Blues preferiu manter suas cartas perto do peito, em vez de divulgar mais de seu line-up, explicando que ele ainda deveria informar os jogadores.
“Ele (Cech) não sabe se ele joga ou não, então eu não posso te dizer. Ele tem que saber de mim, e não a partir da mídia. Mas repito: o Chelsea tem os dois melhores goleiros do Premier League. Para mim, tarefa fácil. Fácil para trabalhar. Estou muito feliz com os dois. Cada vez que um joga, a equipe fica muito confiante, porque eles sabem que, lá trás, eles têm um goleiro top. Tão fácil para mim. Petr pode começar de novo, mas ele não sabe. Nem o outro. Então, eu não posso te dizer.”
Do lado francês se encontra o ex-Blue e zagueiro David Luiz, uma das caras do Chelsea que deixou a equipe na janela de verão europeia. Mourinho também foi sondado a respeito do brasileiro, que enfrentará o ex-time pela primeira vez desde sua transferência. O português também falou sobre a dificuldade dos últimos encontros com o PSG pela Liga dos Campeões.
“David era o meu jogador, sem problema nenhum, e eu estava feliz em treiná-lo. A competição nocaute foi decidida no último minuto, um pequeno detalhe que fez a diferença. Não estou dizendo que nós ganhamos porque estávamos melhores que o Paris. Vencemos porque, neste caso, nós havíamos feito um gol fora e não sofremos gols em casa.”
“Nós os vencemos, mas perdemos em Paris. Eu acho o Paris uma grande equipe, basicamente a mesma equipe da temporada passada, só que com David Luiz. A mesma equipe, basicamente, o mesmo treinador, a mesma dinâmica, o mesmo perfil. Eles têm condições de serem melhores porque eles têm estabilidade. Mudamos um pouco alguns jogadores e a identidade do nosso jogo. Mudamos o perfil.
Eu não quero dizer se o Chelsea é melhor ou pior do que era na temporada passada, mas, amanhã, Parc des Princes vai ver um Chelsea diferente do ano passado. A Liga dos Campeões é uma motivação para cada equipe. Parabenizamos-nos com a Liga dos Campeões. Dois grandes jogos contra um grande adversário. Todo mundo está feliz em jogar.”
Mourinho também se recusou a reconhecer qualquer vantagem no potencial da equipe devido a ter tido um fim de semana livre, já que os Blues foram eliminados da Copa de Inglaterra. Ao contrário do PSG, que enfrentou o Caen pelo Campeonato Francês, e perdeu quatro jogadores.
“Nunca é uma bênção ficar fora de qualquer competição. É sempre um problema e nunca uma solução. Nós não ficamos satisfeitos de termos sido nocauteados na competição (FA Cup). A última pessoa que você deve falar sobre o acúmulo de jogos é com um treinador de um clube inglês. Sobre a fadiga, a Inglaterra é um lugar especial. Enquanto os jogadores franceses estavam de férias no Natal, nós estávamos jogando cinco jogos em 10 dias, então não fale conosco a respeito do acúmulo de partidas e fadiga.”