Quando o Chelsea ficou no 0 a 0 com o Southampton, no final de 2014, José Mourinho esbravejou contra a arbitragem em sua entrevista coletiva, por conta de um pênalti não marcado em Cesc Fàbregas. As suas palavras de carinho direcionadas ao árbitro Anthony Taylor lhe renderam uma multa da FA, por conduta imprópria. O treinador terá de responder até dia 13 de janeiro sobre às acusações.
E, após o episódio, Mourinho decidiu adotar uma postura diferente. As entrevistas pré e pós-jogo realizadas neste último final de semana, em que o Chelsea enfrentou o Newcastle, foram realizadas por Steve Holland, auxiliar de Mourinho. A decisão foi do próprio português, e acabou influenciando mais pessoas a concordarem com ela. Uma delas é Steve Atkins, diretor de comunicações do Chelsea, que apoiou a presença de Holland nas coletivas.
“O clube apoia plenamente a sua posição. Ele queria entrar em um debate sobre o árbitro e é algo que realmente deve ser debatido. Como existem acusações que podem acabar se transformando em uma punição, ele preferiu resguardar-se. Apoiamos muito isso.”
Na ocasião, após o jogo contra os Saints fora de casa, Mourinho chegou a dizer que “o árbitro devia ter vergonha” de não ter marcado o pênalti sobre Fàbregas. Alguns dias após do incidente, o árbitro acabou dando declarações dizendo que foi um erro a não marcação da penalidade, admitindo seu erro. Nada disso acabou adiantando, e a multa para o treinador foi mantida. A FA argumenta que suas declarações “configuram conduta imprópria por colocar em dúvida o trabalho da arbitragem e contribuir para o descrédito do futebol.”