Voltando aos treinamentos em Cobham após um período de férias, André Schürrle comentou sobre sua participação no inesquecível título da Copa do Mundo FIFA com a Alemanha, título que não vinha desde 1990.
Falando ao site oficial, e mostrando a medalha de campeão, o alemão diz já ter caído a ficha de ter alcançado um sonho com apenas 23 anos. Tendo iniciado os treinos com seus companheiros nesta semana, Schürrle olha para o futuro e já almeja aumentar sua galeria de títulos, agora com a camisa do Chelsea.
“Foi uma sensação incrível, me sinto muito feliz”, diz ele. “Eu tive um bom período de férias após as celebrações, mas estar de volta aos treinos é bom, e agora estou muito motivado para fazer grandes coisas com o Chelsea nesta temporada.”
“Demorou alguns dias, até semanas, para perceber o que aconteceu no Brasil. Você está apenas comemorando e está realmente feliz, mas agora eu estou começando a perceber o que significa ser um vencedor de Copa do Mundo. Na Alemanha, os fãs estão muito felizes, foi uma sensação incrível. Foi um bom torneio para mim pessoalmente também mesmo não sendo titular, mas eu desempenhei um papel crucial entrando no decorrer das partidas. Eu queria alcançar algo grande com a equipe, então eu dei tudo de mim e consegui três gols e três assistências, foi brilhante.”
Falando sobre a recepção que os jogadores alemães tiveram em Berlim após o título, Schürrle disse: “Foi uma experiência incrível, eu acho que nunca vi nada parecido com isso na Alemanha. Havia mais de um milhão de pessoas nas ruas de Berlim seguindo o nosso ônibus. Estavam todos comemorando conosco, estávamos cantando e dançando, e foi incrível ver tantas pessoas tão felizes.”
A vitória por 7 a 1 sobre o Brasil foi a partida mais marcante para Schürrle, que entrou no segundo tempo e marcou os últimos dois gols da Alemanha, um deles depois de uma bela finalização de canhota. Mas, ao mesmo tempo, o alemão disse ter ficado triste pelos seus companheiros de Chelsea que atuavam pelo Brasil, dada a atmosfera cruel que se deu por causa da partida.
“Estava 5 a 0 quando eu entrei, e podia se ver que os jogadores brasileiros não queriam continuar mais naquela partida”, diz ele. “Eu tive algumas chances e pensei que logo teria uma oportunidade para marcar, o que acabou acontecendo, sendo o segundo gol um dos melhores gols que já marquei, especialmente por ter sido de pé esquerdo. Foi o nosso melhor jogo no torneio, jogamos de forma fantástica.”
“Eu precisava abraçá-los (Oscar, Willian e Ramires), eles estavam muito tristes e chorando. Eu só disse a eles que na próxima temporada faríamos algo grande pelo Chelsea e que eles fizeram um grande torneio, mas em momentos como aquele não se quer ouvir nada.”
Na final contra a Argentina, Schürrle mais uma vez começou no banco de reservas, mas a lesão sofrida pelo seu companheiro Christoph Kramer logo cedo garantiu ao atacante a oportunidade de ajudar a sua seleção na partida. E quis o destino que Schürrle participasse diretamente no gol do título, aos oito minutos do segundo tempo da prorrogação, cruzando na medida para Mário Götze só empurrar para as redes.
“Foi um jogo estranho”, disse Schürrle. “Não foi uma grande partida em termos de futebol, pois ninguém queria cometer um erro. Eles tiveram uma chance no início com (Gonzalo) Higuaín, mas eu tive a sensação de que fomos a melhor equipe. Sentimos que éramos melhores e dominamos a posse de bola. A Argentina jogou 120 minutos na semi-final e eles estavam visivelmente cansados. Então Mario (Götze) marcou e foi um sentimento incrível.”
Desde aquela noite memorável no Maracanã pouco menos de um mês atrás, Schürrle desfrutou de merecidas férias antes da volta para Cobham. Enquanto alguns rostos familiares saíram do Chelsea, alguns caras novas também chegaram ao clube.
“Eu tive uma pequena pausa depois de um ano difícil, mas eu quero trabalhar, quero entrar em forma logo. Vai levar um pouco de tempo para isso, mas temos uma grande equipe aqui, e espero voltar a jogar ainda no início da temporada”, concluiu.