Em entrevista especial ao site oficial do Chelsea, Gary Cahill falou sobre disputar a primeira Copa do Mundo de sua carreira, que já percorreu um longo caminho em um pequeno espaço de tempo. O defensor chegou ao Chelsea vindo do Bolton Wanderers em 2012, e pelos Blues já venceu a Champions League, FA Cup e Europa League em pouco mais de dois anos.
Nesta última temporada, Cahill teve uma performance impressionante, tornando-se essencial para a defesa de José Mourinho e formando uma sólida parceria ao lado de John Terry, que resultou no registro de melhor defesa da Barclays Premier League.
“É uma sensação boa [ter lugar garantido entre os titulares], mas não é da maneira que eu vejo”, disse ele ao site oficial do Chelsea. “Me sinto como se eu fosse um elemento maior do que eu era, isso é uma sensação agradável, mas eu não penso em mim como um motor de arranque automático. É gratificante estar jogando no entanto.”
Cahill nunca participou de um grande torneio internacional. Em 2012, perdeu cruelmente a oportunidade de defender a Inglaterra na Eurocopa, depois de quebrar a mandíbula em um amistoso antes do início da competição. O camisa #24 do Chelsea diz ter se sentido muito frustrado ao perder a chance de atuar pelos Three Lions na Euro 2012.
“Foi maciçamente frustrante, porque era a minha primeira chance de participar de uma competição importante com a Inglaterra”, diz ele. “Eu me senti como se estivesse em boa forma e estava me esforçando para ser uma grande peça para o plantel.”
“Ter que assistir [aos jogos da Inglaterra] de longe realmente machucou, mas eu estava incentivando o time a jogar bem. Eu senti que deveria ter estado lá, porém, isso foi decepcionante. Você continua assistindo como um torcedor, mas é um pouco diferente, porque você conhece os rapazes pessoalmente. Você quer que eles joguem ainda melhor, eles são grandes jogadores, bons rapazes, por isso talvez tenha até mais nervosismo, mas você quer que eles ganhem como qualquer outro torcedor inglês.”
“É ótimo estar envolvido no elenco neste momento. A Copa do Mundo é o auge, um destaque na carreira de qualquer um e isso mostra que você está no topo de seu jogo. Estou ansioso por isso, tive uma chance em 2010 e tive um coágulo sanguíneo no braço, por isso parecia que não era para ser, então, toque a madeira, que tudo corra bem e que eu faça o melhor que posso.”
Cahill já se juntou a seleção de Roy Hodgson ao lado do companheiro de equipe Frank Lampard, e como John Terry e Ashley Cole também já representaram os Three Lions em torneios anteriores, não lhe faltou conselhos e encorajamento.
“Sim, eu tenho [falado com eles], e eles disseram que como qualquer pessoa que tenha sido, não há melhor lugar para jogar futebol, não há sensação melhor do que estar em uma grande competição com uma equipe nacional”, explica o zagueiro inglês. “Mas eles não precisam me dizer, eu posso sentir, tudo é preparado para isso e fazer parte dessa preparação é ótimo. Talvez seja diferente para os outros caras que foram à Copas do Mundo e Euros, mas esta é a minha primeira e quero aproveitar a oportunidade.”
A Inglaterra reencontra a Itália – que eliminou os ingleses nas quartas-de-final da Euro 2012 – no primeiro jogo do Grupo D da Copa do Mundo, no dia 14 de junho. A Seleção Inglesa também enfrentará o Uruguai e a Costa Rica. Cahill respondeu perguntas sobre as chances da seleção em meio da dificuldade do grupo e sobre o clima do Brasil, que pode influenciar no desempenho físico dos jogadores europeus.
“É um grupo muito difícil, vai ser muito difícil e temos também que lidar com o clima”, explica Cahill. “Falei com os meninos brasileiros do Chelsea antes de sairmos e eles falaram sobre o calor e a umidade serem fatores que precisaremos nos adaptar. Esse é outro desafio que as pessoas assistindo pela TV podem não levar em consideração, estar lá é muito diferente para nós, vai ser um grande teste.”
“Em primeiro lugar todo mundo do grupo quer se classificar, eu acho. Esse é o principal objetivo seja quem você for, você vê o quão longe pode chegar. É um grupo difícil, você não pode olhar muito longe, então me pergunte novamente depois disso.”