
Pela primeira vez em mais de uma década, as despesas com salários do Chelsea foram superadas pelas do Manchester United. Em 2004, após a chegada de Roman Abramovich, os Blues investiram pesado para desafiar o domínio do United.
Dez anos depois, o Manchester City tem facilmente os maiores salários da Premier League, e o United vem logo em seguida, na frente do Chelsea. Na última temporada o clube londrino teve £176 milhões com despesas salariais, enquanto os Red Devils gastaram £182 milhões e os Citizens desembolsaram £233 milhões.
Na folha de salários do Chelsea, também estavam inclusos £4 milhões pagos para o ex-treinador Roberto di Matteo, descrito por documentos como “pagamentos de rescisão e indenização em relação a mudanças na estrutura de gestão do elenco.”
A abordagem cada vez mais prudente em relação aos salários no Chelsea reflete o compromisso do clube em cumprir as regras do fair-play financeiro, onde os clubes nas competições europeias só podem registrar perdas de até 45 milhões de euros (ou £ 37.5m), durante um período de dois anos.
Chelsea também se beneficiou com as contratações de Eden Hazard, Oscar e Juan Mata, antes que eles exigissem maiores salários. Os salários no time londrino caíram em 2011/12, e a ascensão na última temporada foi de apenas 3%, enquanto o United teve um aumento de 11,6% nos seus salários.
Em relação as regras de gastos da UEFA, o Chelsea se pronunciou: “A introdução de regras do fair play financeiro da UEFA a partir da temporada 2011/12 constitui em um desafio. O clube precisa continuar equilibrando sucesso em campo com estabilidade financeira.”
A situação atual contrasta com a de 10 anos atrás, quando a Deloitte publicou um relatório anual sobre a situação financeira dos clubes, e estimou a massa salarial do Chelsea em £115 milhões, descrito como “praticamente o mais alto do mundo do futebol”. Naquele ano, a primeira temporada completa de Roman Abramovich no comando do Chelsea, o clube registrou um aumento de 110% nos salários.