Nesta manhã de sábado o Chelsea viajou ao norte de Londres para enfrentar o Tottenham em mais um derby da cidade. O jogo, que marcava o reencontro entre José Mourinho e André Villas Boas, terminou empatado em 1 a 1 – Sigurdsson e Terry marcaram os gols.
Além do duelo dentro de campo, o embate entre os técnicos também interessava, houve muita especulação na imprensa sobre o relacionamento dos dois técnicos, que trabalharam juntos durante 7 anos. Por causa desses ingredientes o derby era promessa de um belo jogo e de uma franca disputa tática.

Ambos comandantes são adeptos ao sistema 4-2-3-1, Villas-Boas é um pouco mais ofensivo, gosta de avançar as linhas e ter a posse da bola. Mourinho prefere que seus times também mantenham a bola, mas tenham jogadas fatais de contra-ataques e bolas aéreas.

O primeiro tempo foi dominado pelos spurs, Paulinho e Dembélé davam sustentação no meio campo para os meias e o volante brasileiro ainda chegava bem à área de Petr Cech. Eriksen foi muito bem como meia central na primeira etapa, o dinamarquês iniciou a jogada do gol de Sigurdsson. O Tottenham teve a chance de aumentar a vantagem com Paulinho, mas o brasileiro chutou na trave.
A partir dos 30 minutos o Chelsea acordou, Lampard melhorou a marcação, Hazard e Oscar jogaram mais próximos e os blues começaram a controlar as ações no meio de campo, mas ainda assim sem criar chances claras.
No segundo tempo, ambos técnicos mantiveram o 4-2-3-1 inicial. Mourinho colocou Juan Mata no lugar de Obi Mikel, recuando Ramires para o centro do campo, e mudou o ritmo de jogo. O espanhol se movimentou por várias partes do campo e criou espaços – foi dele a assistência para o gol de empate do capitão Terry.

Com o ritmo do jogo ditado por Mata, os blues foram os donos da etapa complementar. Villas-Boas colocou Chadli e Holtby pra tentar recuperar a velocidade inicial, mas não obteve sucesso. Mourinho trocou Hazard por Schurrle e o alemão perdeu chance claríssima de desempatar a partida em grande passe de Fernando Torres, mas chutou em cima de Lloris.
El Niño era um dos principais jogadores do Chelsea no segundo tempo, buscava o jogo, driblava, criava espaço até ser expulso em uma confusão com Vertonghen. A partir do cartão vermelho os spurs dominaram o meio, mas não conseguiram aproveitar a superioridade numérica. Minutos depois Mou colocou Azpilicueta no lugar de Oscar para segurar o ímpeto dos mandantes e o jogo se arrastou assim até o apito final de Mike Dean.
Além do ponto conquistado fora de casa na corrida pelo título, a partida entre os dois clubes de Londres mostrou para técnico e torcida do Chelsea que Mata e Oscar devem jogar juntos.