
Petr Cech, goleiro de 30 anos do Chelsea precisou apenas de palavras bem empregadas para rebater quem acha que os Blues chegarão enfraquecidos e desinteressados ao Japão.
No Stamford Bridge há mais de nove anos, Cech já conviveu com muitos brasileiros. Desde Belletti e Deco até os mais recentes Oscar e Lucas Piazon. Mas sua melhor memória do país do possível rival Corinthians vem do distante 1994. Ainda um adolescente, com cerca de 12 anos de idade na época, o goleiro guarda com carinho o tetracampeonato da Seleção Brasileira nos Estados Unidos.
“Lembro bem de grandes jogadores como Romário, Bebeto, Dunga e toda geração de 1994, quando vocês venceram a Itália nos pênaltis, na decisão. Eu me recordo que ficava vendo aquele Mundial e pensava: ‘Uau, como eles jogam!'” resumiu o tcheco.
Identificado com a torcida azul principalmente após uma fratura na cabeça, em outubro de 2006 – a partir daí nunca mais tirou o capacete para jogar -, o tcheco foge à regra que perseguiu a constelação azul nos últimos anos. Cech nunca teve seu nome envolvido em polêmicas e talvez por isso seja o único sobrevivente capaz de conquistar, ao lado de Terry e Lampard – que já estavam no clube antes de 2003 – o único título que falta para uma geração que mudou o clube de patamar.
De mediano, o Chelsea virou gigante. De 11 títulos em 98 anos, ganhou 12 na década seguinte. E que não se engane quem ache que a vitória sobre o Bayern de Munique, nos pênaltis, na final da Liga dos Campeões, foi capaz de dar a sensação de dever cumprido a quem viveu esse ciclo.
“Tivemos que esperar oito anos para vencer a Champions League e poder jogar essa competição. Sabemos o quão difícil é se classificar para o Mundial de Clubes. Então, quando se tem essa chance única, é preciso aproveita-lá” decretou.