Nascido na antiga Iugoslávia, em Belgrado, o atacante Mateja Kezman sempre foi um goleador nato. Desde que começou sua carreira profissional, pelo Radnicki Pirot, aos 17 anos, Kezman teve uma média de gols alta por todos os clubes que passou. Exceto em um: o Chelsea. Contratado com expectativas em Londres, o jogador não conseguiu corresponder à altura nos Blues e acabou tendo uma passagem apagada, sem sucesso.
Uma aposta de Abramovich
Em 2004, Abramovich já era dono do Chelsea há quase um ano. Seus investimentos iniciais foram os maiores possíveis para formar um time de estrelas. Com a saída dos artilheiros Hasselbaink e Crespo, o clube buscava novos nomes para o ataque. Para a temporada 2004/05, foram duas contratações de peso para a missão de ser o goleador do time: Drogba e Kezman.
Enquanto o marfinense virou ídolo dos Blues com o passar dos anos, o sérvio desapontou. Vindo do PSV, da Holanda, onde marcou 129 gols em 176 jogos, Kezman chamou a atenção do Chelsea pela quantidade de gols feitos. Em julho de 2004, foi para Londres por 5,5 milhões de euros.
Aos 26 anos, Kezman recebeu a camisa 9 e a responsabilidade de ser o titular que o clube precisava. Mas a boa fase não durou. Seu ‘concorrente’ Drogba estava muito à frente, e rapidamente tomou sua vaga entre os 11 iniciais. Alternando entre titular e reserva, o sérvio jogou as 38 partidas da Premier League naquela temporada.
Poucos gols nos grandes clubes
No entanto, jogar todas as partidas não é sinônimo de sucesso. Na temporada 2004/05, os Blues foram campeões da Premier League. Mas Kezman, que atuou nos 38 jogos, fez apenas mais três em outras competições e encerrou sua passagem pelo Chelsea com 41 jogos e sete gols. Uma média baixa para quem estava acostumado a ser o artilheiro na Holanda.
Por não ter conseguido corresponder, foi vendido em 2005 para o Atlético de Madrid, encerrando assim sua rápida e apagada passagem por Londres. Na capital da Espanha, assim como na Inglaterra, não teve muito sucesso. Naquela temporada, o Atlético já tinha como referência de ataque o então promissor Fernando Torres.
Kezman, então, chegou para ser seu companheiro de ataque. Mas, novamente, não foi o mesmo do PSV. Foram apenas dez gols em 33 partidas disputadas e mais uma passagem que não deixou saudade.
Após a saída de Madrid, em 2006, o sérvio ainda passou por Fenerbahçe, PSG, Zenit e times de Hong Kong e Bielorrússia, mas fora a temporada 2007/08, pelo time turco, onde marcou 19 gols, não conseguiu mais ser o goleador que era antes.
Atuação em duas seleções
Apesar de ser no mesmo território, Kezman jogou por duas seleções. Nascido na antiga Iugoslávia, que virou Sérvia e Montenegro quando o atacante já era profissional, ele atuou com as duas camisas e nunca decepcionou.
Pela Iugoslávia, foram 12 jogos e seis gols marcados, atuando também na Eurocopa de 2000. Já pela Sérvia e Montenegro, foram 49 partidas com 17 gols anotados, além de ter disputado a Copa do Mundo de 2006.