Nesta semana, nenhum assunto que mistura futebol e sociedade vem sendo mais noticiado do que a busca da Catalunha pela independência em relação ao território espanhol, diante do referendo ocorrido e seus desdobramentos contrários e favoráveis. Até o técnico do Arsenal, Arsène Wenger, entrou na roda. Não será aqui, entretanto, o espaço para debater o tema que divide tantas opiniões quanto um Gre-Nal em Porto Alegre. Porém, no mundo do esporte bretão, já são levantadas hipóteses para o futuro destino dos clubes daquela região. Isso porque a Liga da Espanha, de imediato, informou que, se pintar uma nova fronteira nesse mapa, o cartão vermelho vai sair do bolso.
Como parece inviável a criação de um campeonato catalão com Barcelona, Espanyol, Girona e alguns “nanicos”, a saída pode ser integrar uma liga de outra federação já existente. E a mais especulada foi a Premier League. O pensamento é tão “real” quanto a ameaça que Flamengo e Fluminense fizeram de jogar o Paulistão, no lugar do Carioca, em um tempo pouco distante. Mas ele existe. Então, no mundo da imaginação, será que o Chelsea teria sorte com o candidato a novo oponente nacional?
Rivalidade não falta a esse confronto que virou clássico internacional mesmo sem se tratar de equipes da mesma nação. Basta buscar na memória os embates por etapas de mata-mata da Uefa Champions League e outras partidas em fases de grupos. Este que vos escreve, por exemplo, considera o ex-time de Neymar como o arquirrival do Leão fora da Inglaterra, e maior “inimigo” até mesmo do que muitos oponentes locais.
Tudo começou não “há um tempo atrás”, como sugere (de forma gramaticalmente redundante) a famosa “Milla”, de Netinho, mas em 2000. Em duelo de ida das quartas de finais da UCL, os Blues venceram em casa por 3 a 1. No entanto, na volta, goleada e classificação espanhola (se é que cabe ainda esse termo): 5 a 1 em partida que só terminou na prorrogação, depois da repetição do placar do primeiro jogo nos 90 minutos.
A vingança londrina veio cinco anos mais tarde, em disputa nas oitavas. Derrota de 2 a 1, fora, e triunfo por 4 a 2 em Stamford Bridge.
https://youtu.be/AE_J4kr1a0w
Os trocos, de ambos os lados, seguiram-se, até o último encontro, em 2012, no Camp Nou, onde o empate por 2 a 2 foi favorável aos ingleses, que venceram na ida pela contagem mínima e, portanto, rumaram para a grande final. Lá, aconteceu o histórico título sobre o Bayern na Allianz Arena.
No total, foram 12 jogos oficiais. O Chelsea levou a melhor em quatro, contra três vitórias blaugranas e cinco empates, tendo sido marcados 18 gols em cada rede. Ainda ocorreram (antes) confrontos amistosos pela Taça das Feiras e (depois) pela International Champions Cup, que somados aos jogos computados elevam os números para cinco triunfos de cada lado e seis igualdades. Atualmente, as estatísticas frias apontam que os campeões da PL somaram mais pontos que os vices de La Liga em 2016/2017 (93 a 90), mesmo com os britânicos lutando em cenário teoricamente muito mais árduo.
Em suma, até o momento nada se pode afirmar. E quase tudo é possível projetar. O próximo passo para quem veste azul é comparar os respectivos elencos. Talvez, um certo argentino faça a diferença para o lado de lá da balança nesta etapa. Porém, isso é “conversa para mais de metro”. Certamente, bem mais que os 1,70 m desse camisa 10.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.