Ao comentar demissão de Mourinho, Courtois expôs o clima ruim que existia com o antigo comandante

A primeira parte da temporada 2015/2016 foi terrível para o Chelsea. Depois de realizar fraca pré-temporada, sem ganhar ao menos um jogo amistoso, os Blues só venceriam uma partida na terceira rodada da Premier League (3 a 2 contra o West Bromwich). O péssimo começo de campanha e a discussão entre José Mourinho e Eva Carneiro já davam grande indicio de que as coisas no time não estavam funcionando mais.

Do time que tinha sido campeão inglês com sobras há poucos meses, quase nada mudou. Vieram apenas contratações pontuais para vagas específicas dentro do elenco. Ainda assim, o time patinava. Além de um futebol pífio, a defesa perdida, o meio de campo de nulo e o ataque ineficiente ditaram o ritmo de uma campanha desastrosa. Até a 16ª rodada do campeonato inglês, o Chelsea já havia perdido nove jogos. Era o 16º colocado. Tinha saldo negativo. Eis que então a diretoria se depara com duas situações: despedir Mourinho ou trocar um grupo inteiro de jogadores.

No dia 17 de dezembro de 2015, o clube anunciou a partida de Mou. Pela segunda vez. Para tentar reverter a situação, Roman Abramovich chama seu amigo Guus Hiddink, que, até o momento, livra o Chelsea de flertar com a zona de descenso. Para carimbar a temporada, ainda viriam eliminações na Liga dos Campeões e na Copa da Inglaterra. O sonho virou grande pesadelo. Em recente entrevista a rede de televisão RTBF, Thibaut Courtois disse que a decisão de demitir Mourinho foi a opção certa para o clube:

“É difícil explicar porque nossa temporada tem sido ruim. Talvez seja o resultado de nossa preparação de pré-temporada que foi muito breve. Nós voltamos a treinar em 16 de julho (de 2015) e seis dias depois já estávamos jogando uma partida (amistosa) contra o New York Red Bulls. Não estávamos em boa forma física. Em seguida, perdemos para o Arsenal na Community Shield e fizemos um mau começo no campeonato.

Precisávamos de uma mudança de treinador nesse ponto. Não tenho dúvidas sobre isso Nós perdemos muitas partidas e também sofremos gols muito facilmente. Eu poderia ter feito melhor com alguns deles”.

A fala de Courtois evidencia como Mourinho não era mais unanimidade. Mesmo depois de ter conquistado dois títulos, o português não contava mais com o apoio dos jogadores. A diretoria percebeu isso e calculou que seria mais fácil trocar um ao invés de 30. Sobrou para o ídolo. Foi doloroso. Mas como disse o arqueiro belga, era, de fato, preciso que Mou saísse. Não havia como mudar o clima. A guerra já estava instaurada e quem perdia era a instituição. Continuar daquela forma poderia ter deixado o time numa situação bem pior agora. Para o bem do Chelsea, Mourinho tinha de ir.

Category: Chelsea Football Club

Tags:

Article by: Chelsea Brasil

Somos o Chelsea Brasil, marca oficialmente reconhecida pelo Chelsea no Brasil e especializado em conteúdos e na comunidade de torcedores do Chelsea no Brasil.