Nesta quarta-feira (09), surgiu um rumor na imprensa europeia de que o Barcelona estaria interessado no zagueiro dinamarquês do Chelsea, Andreas Christensen, que está emprestado ao Borussia Monchengladbach.
O jovem de 19 anos vem chamando a atenção dos olheiros catalães graças à grandes exibições essa temporada, tanto na Bundesliga quanto na Champions League. Esse interesse nos remete a algumas lembranças recentes de perda de grande jogadores jovens. Seria um caso de Déjà vu com Christensen?
Prestes a completar 20 anos – nesta quinta-feira (10) – o jovem zagueiro estreou no time adulto do Chelsea em outubro de 2014, em uma partida da Capital One Cup. Participou de mais uma partida naquela temporada, a última na campanha vitoriosa da Premier League, contra o Sunderland. Em sua volta das férias, assinou contrato de empréstimo com o Borussia Monchengladbach para as próximas duas temporadas, com intuito de ganhar mais experiência. Dito e feito. Desde agosto, Christensen participou de 30 partidas pela temporada alemã e foi titular em todas.
Apesar da pouca idade, o jogador vem mostrando muita regularidade, tanto que sofreu mais faltas do que cometeu na Bundesliga e recebeu apenas um cartão amarelo em 22 partidas disputadas. Além disso, Christensen participou efetivamente da campanha do vice campeonato europeu sub-21 da Dinamarca, em junho.
Com tudo isso a seu favor, os jornais europeus especulam um interesse vindo do Barcelona. O time comandado por Luis Enrique sofre com a falta de opções de zagueiros não é de hoje e a evolução apresentada por Christensen o credencia a jogar ao lado de Gerard Piquè, por exemplo.
Caso exista um real interesse do Barcelona e o jogador opte trocar Stamford Bridge por Camp Nou, não seria a primeira vez que o Chelsea vê um jogador jovem seu fazer sucesso em outro clube, ser vendido e fazer ainda mais sucesso em um clube rival, seja a nível regional ou continental. Podemos citar os casos de Kevin De Bruyne (24 anos), Romelu Lukaku (22) e Thorgan Hazard (22).
De Bruyne chegou ao Chelsea após o título da UEFA Champions League, assim como seus conterrâneos Lukaku e Eden Hazard. Os três eram pertenciam à famigerada “Geração Belga”. Porém, o único que seguiu no Chelsea aquele ano foi o Hazard mais velho. De Bruyne seguiu em empréstimo ao Werder Bremem por uma temporada. Voltou ao Chelsea e não agradou o técnico José Mourinho. Foi vendido para o Wolfsburg em Janeiro de 2014 por £18 milhões. Após uma temporada e meia no clube alemão, voltou para a Inglaterra no início da atual temporada para defender o Manchester City por um valor de £55 milhões. É um dos líderes da temporada em assistências, com nove.
Lukaku teve história semelhante e um denominador comum: a não aprovação de Mourinho. Após temporadas emprestado ao West Brom e ao Everton, assinou em definitivo com o time de Liverpool em 2014 por £35 milhões. Na atual temporada, é o vice artilheiro da Premier League com 18 gols, um atrás de Jamie Vardy, do Leicester.
Outro belga e irmão mais novo de Eden, Thorgan Hazard chegou ao Chelsea em 2012 e sequer vestiu a camisa do clube no time adulto. Após empréstimos ao Zulte Waregem e ao Monchengladbach, assinou em definitivo com o time alemão por £6 milhões e, mesmo com 22 anos, é um dos titulares do ataque do atual sexto colocado na Bundesliga.
Claro que as grandes exibições de Christensen na Alemanha empolgam os torcedores do Chelsea, que ao mesmo tempo, temem ver mais um grande potencial não ser aproveitado pelo seu clube e fazer sucesso em um rival. Desde a chegada de Roman Abramovich, o Chelsea vem investindo na base, além do time principal. Na última temporada, os Blues foram campeões da FA Youth Cup e da UEFA Youth League, o que mostra bastante potencial nos jovens, porém o Chelsea começou a temporada 2015-16 com 33 jogadores emprestados, dando poucas oportunidades aos garotos no time principal.
As boas performances de Bertrand Traore nessa temporada podem ser um divisor de águas entre a relação Chelsea e base. O discurso da diretoria é não negociar Christensen, pois vê no atleta grande potencial para atuar nos Blues. Enquanto isso, o torcedor acredita. E confia. Tudo que não quer é ver, mais uma vez, outro jogador do Chelsea ser bem aproveitado fora de Stamford Bridge.