O primeiro tempo trouxe dois times de propostas distintas, vistas como improváveis em outrora. Mesmo como o visitante, o Porto manteve a característica marcante do trabalho de Lopetegui, com bastante troca de passe. Do outro lado estava o mandante Chelsea, esperando uma oportunidade para contra golpear, reconhecendo suas próprias limitações na complicada fase atual.
Sólido, com Ramires e Matic fazendo uma boa marcação por zona, além do apoio dos meias e a atuação segura dos zagueiros, o Chelsea fez com que o Porto trabalhasse a redonda sem alguma objetividade, escancarando a deficiência dos portugueses na criação. Brahimi, atuando fora de posição, era o único quem tentava algo diferente.
Dentro de sua proposta, o Chelsea não conseguiu muitos arremates. Mas, quando chegou, acabou marcando. Hazard partiu da esquerda e, aproveitando a recomposição lenta do lateral Martins Indi, abriu para Diego Costa. Apesar da liberdade, o atacante perdeu o gol, parando em Casillas. O rebote do goleiro, no entanto, encontrou Marcano. O desvio do zagueiro do Porto fez com que a bola caminhasse lentamente até cruzar a linha.
Como já dito, o Chelsea deu o campo para o Porto trabalhar durante quase todo o tempo, com a equipe visitante criando muito pouco. É isso que se pode dizer sobre a etapa inicial: atuação defensiva segura e resultado parcial satisfatório.
O segundo tempo trouxe um Porto mais agressivo em seu posicionamento nos primeiros minutos. E essa fator quase custou caro logo no começo, pois Diego Costa encontrou Willian em boas condições para finalizar em um contra ataque, com Casillas impedindo o gol. Corona respondeu na sequência, parando em Courtois.
As tentativas do Porto foram, entretanto, interrompidas. As 7 minutos, após cobrança de lateral, Diego Costa trabalhou bem ao proteger a bola e entregar para Hazard. O belga encontrou Willian que, de perna direita, fuzilou a meta dos visitantes. 2 a 0 e segurança.
O gol aumentou o desespero do Porto pelo resultado, com alterações ofensivas e linhas cada vez mais adiantadas. As chances apareceram pouco, como com Brahimi aos 18, e a tentativa de crescer no jogo deixou os contra ataques ainda mais abertos. Nas oportunidades mais claras do Chelsea, Diego acabou perdendo para Martins Indi na velocidade e para Casillas, em boa saída de gol. Já Hazard, na chance que teve, esbarrou na trave.
O jogo se encaminhou até o fim com um bom posicionamento blue, que encurralava o adversário e o obrigava a fazer o óbvio. Muitos passes de lado, poucas chances e vitória/classificação asseguradas.
Considerações: Mourinho reconheceu o momento ruim do Chelsea, ao mesmo tempo que demonstrou conhecer o seu adversário. Também pressionado por um resultado, o Porto tentou impor seu jogo com muita posse de bola, mas foi traído constantemente pela falta de criatividade e por boas jogadas de contra ataque do Chelsea. Hoje, enfim, um dia tranquilo para o torcedor, que conseguiu esboçar um sorriso em meio ao caos.
Avaliação:
Courtois – 6,0.
Ivanovic – 6,5.
Zouma – 7,0: Merece a titularidade. Não custa repetir.
Terry – 8,0: Posicionamento impecável e belos desarmes. Melhor em campo.
Azpilicueta – 7,0.
Matic – 6,5.
Ramires – 6,0: Quando não tenta inventar, é funcional como marcador e no escape para contra ataques. E assim foi.
Willian – 7,5.
Oscar – 6,5: Mais participativo do que em outros momentos. Melhor atuação do brasileiro em muito tempo.
Hazard – 7,0.
Diego Costa – 6,5: Apesar de ter perdido algumas chances, atuou bem na abertura de espaços e no papel de pivô.
Pedro – 6,0.
Mikel e Remy – Sem nota.