Crônicas: Desespero e apatia. A paciência acabou

Willian: muito obrigado por honrar a camisa do Chelsea (Foto: Divulgação)

Vamos começar com um pouco de notícia boa. Apesar da pressão exercida pelo Liverpool já na saída de bola (uma das principais características de Klopp), o Chelsea se virou bem no primeiro tempo. Após o gol de Ramires, procedido de uma bela dobradinha entre Diego Costa e Azpilicueta pelo lado esquerdo, os Blues souberam conter os visitantes, que tiveram posse de bola improdutiva durante quase toda a etapa inicial. Se por um lado a compactação defensiva era elogiável, de outro estava a apatia ofensiva. O time do Chelsea roubava muitas bolas, mas não aproveitava nem 10% de suas posses para criar algum tipo de perigo. Ainda assim, ao menos, havia uma compensação, um equilíbrio defensivo. O gol de Coutinho, já com os acréscimos do primeiro tempo estourados, foi um tapa na cara.

O segundo tempo veio com um Chelsea mais determinado, porém igualmente desestabilizado. Willian era quem mais incomodava o Liverpool, principalmente pra cima de um limitado Alberto Moreno. Oscar e Ramires também trabalhavam com lucidez, mas ainda longe de serem perigosos. Dessa forma, o Chelsea, mesmo tentando apertar o Liverpool na saída de bola e ter volume de jogo, não criou oportunidades e fez de Mignolet um turista de Liverpool em Londres.

As únicas “chances” vieram dos pés de brasileiros. Na primeira, Kenedy, que entrou no lugar do desaparecido Hazard, finalizou na rede pelo lado de fora. Minutos mais tarde, Oscar roubou a bola e, perto do meio de campo, quase fez um gol épico, semelhante àquele diante do Shakhtar ainda na sua primeira temporada com a camisa azul. Os highlights do Chelsea na partida acabam por aqui.

Aos 28 minutos, após assistência de Benteke, Coutinho cortou a marcação de Cahill com facilidade e finalizou com precisão, sem chances para Begovic. Nesse momento, Mourinho abdicou do jogo ao colocar o péssimo Falcao García na vaga de Azpilicueta, deixando o time completamente exposto. Como resultado disso, Benteke, que entrou muito bem na partida, girou e finalizou no canto, contando com um desvio, para fechar a conta do Chelsea.

Considerações + notas:

Begovic – 6,5: um pobre coitado. Novamente evitou algo ainda pior.

Zouma – 3,0: Um zagueiro talentosíssimo sendo tristemente desperdiçado em uma posição que nada combina com ele.

Cahill – 4,5: Teve momentos importantes na primeira etapa, mas caiu drasticamente na segunda etapa, principalmente após Mourinho abrir o time.

Terry – 5,0: Foi lúcido, mas não pode evitar as descidas do Liverpool.

Azpilicueta – 6,5: Uma assistência e bom controle defensivo. Se salvou de novo.

Mikel – 1,0: Não desarma, não participa das jogadas, não joga mais futebol. Sem condições.

Ramires – 6,0: Recuperou algumas bolas e soube trabalhar bem dentro das condições do time.

Willian – 7,0: Respect.

Oscar – 5,0: Como dito no texto, teve momentos interessantes, mas não conseguiu criar boas oportunidades.

Hazard – 1,5: Segue desaparecido. Temporada lamentável do belga.

Diego Costa – 5,5: Participou bem na primeira etapa. Nos 45 minutos finais, pouco apareceu.

Kenedy – 6,0: Criou uma oportunidade de gol e recompôs bem na marcação enquanto esteve em campo.

Fàbregas – 5,0: Deu qualidade na saída de jogo mas, consequentemente, espaços defensivamente.

Falcao – 0,0: 15 minutos em campo e zero toques na bola. Bizarro.

Mourinho – 2,5: Aparentemente, perdeu o controle do grupo, além de seguir não demonstrando repertório tático. Mais do mesmo e mais uma derrota na conta.

Category: Competições

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Article by: Chelsea Brasil

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