“Eu não preciso mudar, porque eu não faço nada de errado”, afirma Diego Costa

Diego deu entrevista em que falou sobre sua reputação dentro e fora de campo
Diego deu entrevista em que falou sobre sua reputação dentro e fora de campo

Desde seus tempos de Atlético de Madrid, Diego Costa é conhecido tanto pelo talento quanto pelas polêmicas em que se envolve com as adversários. Porém, ao chegar na Inglaterra, onde a cultura da mídia é de expandir ao máximo até o menor dos problemas, a situação de Costa cresceu e ele se tornou o famoso “amado ou odiado”. Enquanto a torcida do Chelsea o idolatra, as dos outros times tendem a vê-lo como um “bad boy”, assim como parte da mídia, que chegou inclusive a utilizar os termos “sujo” e “desleal” para descrevê-lo.

Contudo, fora de campo Costa é conhecido pelo seu jeito brincalhão, pacífico, alegre e até mesmo generoso e caridoso, como em sua cidade natal, Lagartos, onde fundou projeto social para crianças carentes.

Seu temperamento e suas atitudes o fizeram dele um dos personagens favoritos da imprensa inglesa, que constantemente o convida para entrevistas exclusivas. Desta vez foi o The Mirror, que falou com o jogador sobre vários assuntos. Desde seu comportamento brincalhão nos vestiários até suas polêmicas em campo. E sobre isso, Costa foi taxativo e afirmou não acreditar que precisa mudar:

“Eu tenho 100 por cento de apoio do meu treinador, do clube e dos torcedores do Chelsea. Então, as outras pessoas, as outras opiniões, elas não me importam, então eu não fico realmente chateado.

Então eu não vou mudar. A menos que meu treinador ou as pessoas do clube ou os torcedores me disserem para mudar.

E eu acho que não, eu não preciso de mudar. Porque eu não faço nada de errado. Durante a minha carreira no futebol, muitas e muitas vezes os jogadores têm feito coisas comigo, como me chutar por exemplo, mas eu não sou um bebê chorão e não vou ficar aqui. Mas acredito que torcedores viram quanto são injustos comigo, e assim eles e também o treinador e o clube me deram muito apoio.”

Diego utilizou-se de um argumento interessante para tentar mostrar que não é um jogador injusto, como muitos tentam pintar. Ele lembrou que nunca teve quaisquer problemas por a arbitragem, mesmo com possíveis perseguições contra ele:

“Eu nunca tive quaisquer problemas com os árbitros. Nenhuma das punições que eu tive, foram por problemas com os juízes. Às vezes eu recebo um cartão amarelo. Mas isso faz parte do jogo, é normal.

Mas eu realmente gostaria que me vissem de uma forma diferente. Porém eu acho que os juízes são muito profissionais e vão atuar da melhor maneira possível.”

Movendo para fora do campo, Costa falou sobre seu lado humorístico nos vestiários e relembrou aos risos a primeira brincadeira que praticou enquanto jogador do Chelsea, junto com outros brasileiros do elenco:

“Um dos fisioterapeutas é brasileiro (Marcelo Ribeiro) e eu preguei uma peça nele. Foi uma brincadeira que eu fiz com outros brasileiros logo que cheguei e me fez aproximar mais deles: Eu, Willian, Oscar e Ramires.

Nós estávamos em um hotel, e eu consegui as chaves do quarto dele. Fomos lá e absolutamente destruímos o quarto, bagunçamos tudo: todas as suas roupas e tudo pra cima, ele nem conseguiu passar a noite lá.”

Perguntado pelo entrevistador se o fisioterapeuta soube que havia sido ele o autor da brincadeira, Costa respondeu com bom humor, ironizando a fama que a imprensa deu a ele:

“É claro que ele soube, pois aparentemente tudo que acontece é culpa minha. Até mesmo as brincadeiras.”

Diego é considerado por seus companheiros o mais brincalhão dentre todos os jogadores do Chelsea
Diego é considerado por seus companheiros o mais brincalhão dentre todos os jogadores do Chelsea

Diego Costa também comentou sobre as diferenças de seu temperamento, e sobre como ele é uma pessoa completamente diferente do que se imagina, afirmando, inclusive, que ele sempre tenta trazer alegria para o ambiente do clube:

“Eu sou fora de campo tão duro quanto eu sou dentro dele? Não, realmente não. Sou completamente diferente fora do campo. A melhor maneira de me conhecer é olhar para trás e para todos os clube onde eu estive, e você verá que eu tive um excelente relacionamento com todos os meus companheiros, os treinadores e torcedores.

E não só com eles, mas com todas as pessoas do clube. E não me importa se é o roupeiro ou camareiro ou o presidente. Eu trato todos da mesma maneira. A realdade é que eu sou um cara amigável.

Eu sempre tento brincar com todos, e eles também comigo. Às vezes meus companheiros de equipe nem entendem as piadas porque eu só falo português e espanhol.
Mas, do jeito que eu vejo, você sempre tem que trazer a felicidade para o trabalho. Não importa o quão difícil é a situação, você tem que trazer algo de bom de sua casa para colocar no seu local de trabalho.”

Em seguida, o hispano-brasileiro partiu para assuntos mais sérios, como a temporada ruim que o Chelsea vem enfrentando até o momento e admitiu, inclusive, que muitas vezes tem sido momentos difíceis. Costa também comentou sobre como parece, em muitos momentos, que os Blues são um clube odiado na Inglaterra:

“Tem sido muito difícil, sim, mas isso não é algo que vá ser normal, pelo elenco que temos. Mas sabemos que podemos virar esta página, porque estamos apenas no início da temporada. E sabemos também que nós somos os únicos que podem virar esse jogo.

Mas eu realmente não sei o que acontece aqui (na Inglaterra), mas parece que estamos sozinhos nisso tudo. Porque o Chelsea é um clube que os torcedores dão 100 por cento de apoio, mas todos os outros parecem odiar o clube.

Todos os outros jogadores do elenco, eu acho, já sabem disso. Mas eu estou apenas começando a perceber isso agora, nesta temporada. E nós conseguimos perceber isso, nós não somos crianças.

E isso só faz com que tenhamos de estar cada vez mais unidos, juntos, porque é isso que vai nos tirar desta situação”

Perguntado sobre a fase de seus companheiros, Diego preferiu dizer que não apontará o dedo
Perguntado sobre a fase de seus companheiros, Diego preferiu dizer que não apontará o dedo

Costa, ao ser perguntado sobre quais jogadores ele acha que precisam melhorar em campo, preferiu culpar a todos e a si mesmo, afirmando novamente que tem trabalhado a parte para recuperar a melhor forma:

“Eu não vou citar nomes, não vou apontar o dedo, até porque sabemos todos que precismos todos nós melhorar em campo. Eu mesmo tenho trabalhado desde o início da temporada separado porque não estava num bom momento físico. Mas eu tenho treinado em sessões duplas, na acadêmia, para chegar a melhor forma, estar forte. Fiz treinamentos inclusive para prevenir minhas lesões, porque elas também impediram que eu estivesse 100%.

Mas agora eu acredito que estou no melhor da minha forma e pronto para jogar meu jogo.”

Para finalizar a entrevista, Diego foi chamado de “temido” pelo entrevistador, afirmando que adversários e torcedores de outros clube o temem em campo. Em seguida, foi perguntado sobre quem ele teme, se tem medo de alguém no futebol:

“Temo apenas a Deus. Porque eu acredito que se você teme alguém, isso não é uma coisa boa. Eu tenho respeito. Respeito meus pais, minha esposa, minha filha e inclusive Deus.

O que eu tenho pelos outros é respeito, não medo. Por exemplo, se um jogador enorme vier e quiser realmente uma briga comigo, eu não me envolverei. Mas não porque eu temo ele, mas porque eu tenho respeito por ele.”

Diego voltou de suspensão na última rodada da Premier League, após três partidas afastado, e marcou um gol e esteve envolvido no outro, na vitória por 2-0 sobre o Aston Villa, em Stamford Bridge. Agora é a vez enfrentar o West Ham fora de casa e Diego deve novamente figurar entre os titulares. A partida acontecerá neste sábado e terá cobertura completa do Chelsea Brasil.

Category: Chelsea Football Club

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Article by: Chelsea Brasil

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