Apesar da vitória magra sobre o Fulham, no último sábado (16), colocar fim à sequência de três jogos sem vencer pela Premier League, o Chelsea ainda não inspira confiança para o restante da temporada. Dentre as incertezas em torno do trabalho de Frank Lampard, talvez a única certeza seja Mason Mount.
Não somente pelo gol que decretou a vitória no derby londrino, mas, acima de tudo, o meio-campista foi o mais participativo em campo, tanto nos desarmes quanto na criação de jogadas: um total de sete chances, o maior número de chances criadas por um jogador atuando fora de casa nas últimas cinco temporadas.
Mason Mount created seven chances for Chelsea vs. Fulham, no Blues player has created more in a Premier League away game across the past five seasons.
Another sensational display. ✨ pic.twitter.com/5MLyclZmCQ
— Squawka Football (@Squawka) January 16, 2021
Elogios do treinador
Homem de confiança do treinador, Lampard relembrou o início de sua passagem pelos Blues para elogiar Mount, que marcou pelo segundo jogo consecutivo:
“Ele tem sido muito, muito bom para nós. Ele fez 22 anos na semana passada e é um exemplo da nossa juventude. Eu vim para o Chelsea aos 22 e não estava encantando o mundo no meu primeiro ano no Chelsea; eu ainda estava me encontrando. Então, Mason já tem muitos jogos em seu currículo. Seu esforço e atitude foram excelentes”, elogiou.
Maturidade e consistência
A qualidade técnica e versatilidade de Mount já seria o suficiente para credenciá-lo como peça indispensável no time titular, mas sua maturidade e leitura tática dentro de campo reforçam ainda mais sua importância para a equipe.
“Com a saída de Jorginho e a entrada de Tammy [Abraham] e depois Timo [Werner], comecei a entrar mais na área, mas como estava junto do Kovacic, eu disse a ele para ficar um pouco mais atrás para que eu pudesse avançar mais. Quando vi, estava dentro da área, algo que não estava fazendo nas últimas semanas”, analisou.
Com a chegada de Kai Havertz, e Kovacic em alta pelo que desempenhou na última temporada, imaginava-se que o meio-campista figuraria como opção entre os suplentes. Entretanto, sempre muito regular, assegurou sua vaga entre os onze principais, sendo o segundo atleta que mais entrou em campo (17) até aqui – atrás somente de Werner, com 18 partidas.
Além disso, Mount é o terceiro jogador do elenco com mais assistências para gol (3), atrás de Chilwell e Werner com quatro passes para gol.
Portanto, das muitas dores de cabeça que Lampard precisa solucionar, ao menos Mason Mount não aparenta ser uma delas. Mas ele é apenas uma peça no quebra-cabeça que, por enquanto, está longe de ser completado.
As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil