Qual é a real força desse elenco que vem atropelando a concorrência?

Courtois, Azpilicueta, David Luiz e Cahill; Kanté, Matic, Moses e Marcos Alonso; Pedro, Hazard e Diego Costa. Esse foi o Chelsea que entrou em campo no último sábado. Dia de provação para o time azul, que se viu atrás no placar da Premier League após seis jogos – mesmo período sem levar gol e deixar escapar os três pontos no gramado. Era o Tottenham abrindo a contagem em Stamford Bridge no clássico local, aos 11 minutos de partida, com Eriksen. Para piorar, a assombração de dois fantasmas recentes tornava-se inevitável: nos primeiros confrontos grandes disputados na temporada, os comandados de Antonio Conte viram os rivais Liverpool e Arsenal comemorarem o triunfo, sendo um deles (o primeiro) na própria casa do Leão. Por outro lado, a goleada de 4 a 0, como anfitrião, imposta sobre o United, estava mais fresca na memória e equilibrava a balança que mede o pessimismo e o otimismo.

O esquema com três zagueiros estava sendo testado como nunca. Só que Pedro e Moses trataram de recolocar ordem na nada humilde residência londrina. Agora, são 31 pontos em 39 possíveis (79,5% de aproveitamento), e mais uma rodada na liderança. Ótimo cenário para um elenco que começou a jornada com o peso da péssima campanha passada e a concorrência de esquadrões caríssimos e badalados, como os das equipes mais famosas de Manchester.

Moses celebra gol contra o Tottenham, no último sábado, em Stamford Bridge
Moses celebra gol contra o Tottenham, no último sábado. Vitória manteve o Chelsea na liderança (Foto: Getty Images)

E talvez seja justamente essa discrepância que, dependendo do torcedor, pode colocar uma pulga atrás de sua orelha. A trajetória até aqui, guardadas as decepções iniciais, é fantástica. Mas… E o papel que traz a escalação a cada compromisso? Inspira confiança? É forte o suficiente para suportar o longo caminho que ainda resta?

É claro que, no caso de almejar um sucesso europeu (algo, por questões óbvias, impossível em 2016/2017), muita coisa será modificada até lá. Mais investimento, jogos para gerar bilheteria, diretos de TV e etc. irão, certamente, proporcionar a vinda de reforços importantes. Também é evidente a necessidade de se pensar em um passo de cada vez, e o do momento é ser o melhor do País. Entretanto, não custa abrir espaço para quem segue os Blues diariamente. E então… O atual elenco do Chelsea é:

a) Excelente. Capaz de disputar com quaisquer clubes do planeta, em igualdade de condições.

b) Ótimo para a Premier League, que não tem times tão exagerados tecnicamente, como Real Madrid, Barcelona e Bayern de Munique. Os concorrentes da Inglaterra não são superiores aos Blues. Mas, para brigar em cenário europeu, precisa de reforços de peso.

c) Bom em termos locais. Justamente por isso, uma crescente de determinadas equipes, como os rivais de Manchester (United e City), pode nos provocar um choque de realidade em médio prazo nesta temporada. Ou seja: o título inglês é possível, mas, caso venha, será com uma jornada cruel até o desfecho.

d) Ruim na comparação com o futebol praticado no velho continente atualmente. O Conte até vem fazendo um bom trabalho, mas, infelizmente, não vamos manter essa pegada até o final. É duro, porém é a realidade.

Fiquem com a reflexão, e até a próxima segunda. Ah… E, se você veste azul na Inglaterra e verde no Brasil, meus parabéns! Caso o contrário, “desconsidere” este parágrafo e lembre-se que, daqui a poucos meses, começa tudo de novo por aqui. Era necessário fazer essa homenagem. Saudações… Azuis… E londrinas!

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

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