Martelou, mas não pregou

Um time que não vencia desde setembro e um time que venceu seis dos últimos sete jogos. Um jogo envolvendo um time que disputa para sair da zona de rebaixamento contra um clube classificado para a próxima fase da Liga dos Campeões e concorrente ao título nacional. Antes de todas as estatísticas mencionadas, um clássico. E clássico não tem lógica. Atuando no London Stadium, o West Ham vence o Chelsea pelo placar mínimo e respira (com ajuda de aparelhos) na tabela de classificação.

Abaixo estão minhas considerações sobre o dérbi londrino entre West Ham e Chelsea. Boa leitura para todos (as) e não esqueçam de comentar, curtir, compartilhar e sugerir novos temas para a coluna dominical.

Primeiro tempo

Pois bem, duas coisas comuns no início do primeiro tempo do jogo: Morata errando passes e Zappacosta perdendo disputas contra o Masuaku. O espanhol errou quatro passes em 14 minutos, além de ter se jogado dentro da área na tentativa de conseguir um pênalti. O italiano auxiliou bastante no apoio ofensivo, mas encontrou uma barreira intransponível pelo lado direito. Ao decorrer da primeira etapa, o camisa 9 do Chelsea seria anulado pelo sistema defensivo do West Ham, enquanto o Zappacosta teria trabalho com o próprio Masuaku, desta vez, com o atleta mandante atacando o lado direito do Chelsea.

A verdade é que a marcação alta ou marcação pressão do West Ham funcionou muito bem na etapa inicial. O Chelsea conseguiu finalizar pela primeira vez apenas no final do décimo nono minuto do primeiro tempo: Hazard com um chute em diagonal para fora. Os Hammers forçavam os atletas do Chelsea a retornar a bola para o goleiro Courtois. Isso aconteceu, pelo menos, seis vezes no primeiro tempo.

No setor defensivo, os mandantes compactavam as duas linhas defensivas, dificultando o setor ofensivo do Chelsea. O time de Stamford Bridge conseguiu duas finalizações no vigésimo oitavo minuto com Zappacosta e Kanté, mas sem sucesso novamente. Morata, Hazard e Fàbregas realizavam um primeiro tempo discretíssimo.

A partir do minuto 30, o Chelsea obteve mais presença no campo defensivo do West Ham, mas não finalizava ou não levava perigo real ao gol do Adrián, arqueiro que ganhou a posição do veterano Hart. A figura do Willian (no banco de reservas) já começava a ser enquadrada pelo diretor de imagem da Premier League e a bola seguia alçada para a área mandante do London Stadium, continuando sem êxito por parte dos visitantes.

O Chelsea tem em seu elenco o maior driblador da temporada passada – seu camisa 10 -, mas a necessidade da partida era a jogada proveniente do meio-campo e adentrando a defesa do West Ham, por isso, Kanté foi tão acionado nos 45 minutos iniciais. Vale lembrar que David Moyes preferiu deixar três “strikers” no banco (Ayew, Chicharito e Carroll) e Arnautovic na terceira linha.

Do minuto 33 ao minuto 38, o Chelsea teve 87% da posse de bola e apenas uma tentativa ao gol. Nos minutos finais do primeiro tempo, o West Ham obteve mais a posse de bola e levou perigo pelo lado esquerdo com Masuaku e Lanzini, além de ameaçar com escanteios. Portanto, um jogo de consistência defensiva do West Ham e falta de efetividade do Chelsea, que parou na compactação das linhas defensivas dos Hammers.

Segundo tempo

O Chelsea continuava atacando o seu adversário. Um time mais incisivo, mais presente no setor defensivo do West Ham, isso até os 25 minutos do segundo tempo. Pedro, William e Moses deram outra movimentação ao time de Stamford Bridge.

Antonio Conte fez a alterações possíveis e eu acredito que substituiu bem a equipe do Chelsea. Porém, o tempo passava e não funcionava a insistência do clube da Fulham Road. O jogo pode ser caracterizado como “aguerrido”. O West Ham pelejando para sair de uma situação extremamente desconfortável na tabela de classificação e o Chelsea visando penetrar a retranca dos Hammers, pontuar e se aproximar dos líderes do Campeonato Inglês.

Morata ainda perdeu uma grande chance após dribles, insistência e passe do Kanté. Faltando sete minutos para o término do tempo regulamentar, o espanhol perdeu a grande chance do jogo. O centroavante, que ainda não marcou com a camisa do Chelsea em dérbis, recebeu dentro da área, cara a cara com o Adrián e finalizou para a fora. Logo em seguida, Morata apareceu novamente, ele fez o pivô e foi a vez de Hazard chutar direto para fora em tentativa com o pé esquerdo.

O Kanté fez um “box to box repeat function many times” em várias ocasiões. O francês correu muito durante a partida, foi o responsável pelo suporte defensivo e pela criação do meio-campo nos minutos finais da partida. Uma pitada de desespero sim, mas muita qualidade no em ambas as situações.

88 minutos. Chelsea com 10 no setor defensivo do West Ham, West Ham com 11 em seu setor defensivo. Sinalizando o embate para vocês, a torcida apoiando, o West Ham todo retrancado, o time mandante não finalizou ao gol do Courtois no segundo tempo e o Chelsea pressionando até os segundos finais.

Mas não havia mais tempo, o time mandante conseguiu os três pontos frente ao Chelsea. Foram 19 chutes do Chelsea contra cinco do West Ham (dois a dois em chutes ao gol), 31%-69% em posse de bola. Fato é que nos três últimos confrontos dos Blues contra os Hamemrs, foram duas vitórias dos Hammers: vitória do West Ham na Carabao Cup em 26 de outubro de 2016, vitória do Chelsea na Premier League em março de 2017 e vitória do time do Boleyn Ground no London Stadium em dezembro deste ano.

As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

Category: Opinião

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Article by: Chelsea Brasil

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