Os contrastes de duas gerações do Chelsea

Eu comecei a torcer para o Chelsea em 2008, com 13 anos. Naquela época, só a ESPN passava o campeonato inglês e não eram tantos jogos. O primeiro jogo do Chelsea que eu vi foi, por incrível que pareça, a estreia de Robinho com a camisa do Manchester City. Confesso que fiquei tentado a torcer pro time do azul mais claro, mas, felizmente, meu subconsciente me guiou para o azul londrino.

Naquele jogo, Robinho abriu o placar, de falta, para a equipe de Manchester. E nós viramos com gols de Ricardo Carvalho, Lampard e Anelka. O técnico? Bom, o técnico era o saudoso Felipão (!). Aquela Premier League ainda ficou marcada pela virada histórica em cima do Stoke City e pela própria demissão, posteriormente, do técnico brasileiro.

Entre os times que disputavam a competição na época, ainda tínhamos o simpático Portsmouth, que hoje está praticamente falido.

Fiz essa breve introdução apenas para relatar o nojo que eu sinto vendo os jogos do Chelsea atual. Aquela geração que chegou ao ápice com a Champions League em 2012 tinha muito mais tesão e vontade que os jogadores atuais. Aonde já se viu um jogador como Courtois se portar da maneira que se porta? Aonde já se viu um jogador como Fàbregas ser um com Mourinho e outro, completamente diferente, com Hiddink? Eu conseguiria fazer um post inteiro só citando todos os atletas que fizeram corpo mole e se portam de maneira indolente à instituição. Mas acho que é desnecessário.

É óbvio que as comparações técnicas sempre vão existir, mas a equipe do final da década passada era muito menos mimada e arrogante que a geração atual.

E, sinceramente? Eu não sei aonde vamos parar. A não ida para a Champions League abre um precedente perigoso.  O Chelsea tem que voltar a ser grande, custe o que custar.

Sem explicação: A coluna de Vinícius Paráboa é perfeita e corrobora o que eu falei. Se eu fosse Guus Hiddink, imprimiria e sairia distribuindo em Cobham. E isso nos leva a pensar: é realmente necessário pedir para os jogadores entrarem em campo pela instituição? Eu acho que não, deveria ser algo óbvio.

Em tempo: Vá em paz, Johan Cruyff.

Dica de amigo: A entrevista com Kenedy, material exclusivo do Chelsea Brasil, está ESPETACULAR! Não deixe de acessar, clicando aqui.

Corneta da semana: A postura de Courtois é patética. Sua declaração ao comentar o clima com Mourinho dá indícios que de que o próprio goleiro agiu para demitir o ex-comandante.

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil

Category: Opinião

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Article by: Rafael França

Carioca pós-graduado em Jornalismo Digital vivendo em Porto Alegre. Diretor-geral de conteúdo do Chelsea Brasil.