Frio e explosivo: os dois lados de Antonio Conte

Chegar em dezembro sendo líder da Premier League com oito vitórias consecutivas é algo muito animador. O Chelsea está numa constância que salta os olhos da cara de quem acompanha futebol. Ficar sem sofrer gols em seis jogos seguidos já foi espantoso. Mas o que me deixou mais feliz foi saber que por mais explosivo e animado na beira do campo seja o principal responsável por todo esse sucesso, Antonio Conte, ele também possui seu lado frio.

Estou falando dos dois últimos jogos para ser específico. Contra Tottenham e Manchester City, o novo Chelsea (o do 3-4-3), passou por seus primeiros desafios mais cascudos da temporada. Não estou falando do adversário em si, afinal já enfrentamos uma potência que é o Manchester United e goleamos. E sim, da postura da equipe após sofrer o primeiro gol no jogo.

Nas seis partidas anteriores (Hull City, Leicester, United, Southampton, Everton e Middlesbrough) sempre abríamos o marcador, com o adendo em não sofrer nenhum tento. Mas a dúvida se construiu na minha cabeça: “E se sairmos atrás? Como esse time reagirá?”

Primeiramente, contra os Spurs, o primeiro tempo inteiro foi do time visitante. Mais por méritos deles, no caso. Tanto que conseguiram o gol e seguiram na pressão. Não se via reação por nossa parte. Se via, no entanto, um time que acredita nos ideais de seu técnico e continuou se defendendo sem a menor preocupação. Os gols logo vieram, junto com os três pontos.

No último sábado, contra o City, a mesma coisa. Os azuis desbotados tinham a posse de bola e criavam as melhores oportunidades. O gol deles veio em um corte errado de Gary Cahill, quase no apito final da primeira etapa. E os primeiros dez minutos seguiram com eles no ataque. Sergio Agüero e Kevin de Bruyne tiveram chances.

Mas prevaleceu a mentalidade que Conte passou a seu esquadrão. Não importa o placar, não deixem de acreditar e seguir o plano de jogo. Não deu outra: nova virada, dessa vez por 3-1.

Embora Conte seja um técnico como Jürgen Klopp, que grita, chama a torcida, abraça seus comandados, etc., ele também sabe manter a calma. É o manager completo.

As palavras neste texto condizem com a opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

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Article by: Vinícius Paráboa