Made in Itália: os conterrâneos de Antonio Conte que fizeram história pelos Blues

Um dos maiores responsáveis pelo sucesso dos Blues ao longo desta temporada, Antonio Conte vem fazendo um trabalho irretocável sob o comando do clube. O Chelsea, que hoje lidera a Premier League, soma um total de 63 pontos, dez a mais que o segundo colocado, Tottenham.

Apesar da eliminação precoce da equipe na Copa da Liga Inglesa, ainda nas oitavas de final diante do West Ham, as campanhas construídas tanto no Campeonato Inglês quanto na Copa da Inglaterra – onde os Blues disputarão as quartas de final no próximo dia 13 – são, no mínimo, invejáveis.

É simplesmente impossível comparar o Chelsea de 2015/16 e o atual sem espantar-se com a forma como a chegada do técnico italiano transformou os ares locais e a forma de jogar de seus comandados. Antonio Conte foi além de seus antecessores ao olhar de maneira diferenciada para atletas como Victor Moses, e conseguiu extrair o máximo de talento das peças à sua disposição através da maneira como escolheu trabalhar, como foi com Diego Costa que, há 11 rodadas do fim da Premier League, já possui números superiores aos do último ano.

E é graças, não somente a seus números, mas ao que vem apresentando junto a seu elenco dentro de campo, que Conte pode consolidar seu nome na história do clube, bem como fizeram alguns de seus conterrâneos, tanto como atletas quanto como líderes ao longo dos quase 112 anos dos Blues.

Gianfranco Zola

Apesar da idade avançada quando chegou ao Chelsea, Zola foi brilhante em todos os seus anos de clube (Foto: Reprodução)

Negociado pelo Palermo com o Chelsea em novembro de 1996, Gianfranco Zola era dono de uma genialidade que transcende gerações de torcedores dos Blues, não à toa tornou-se um dos principais jogadores da história do clube.

Já em sua primeira temporada em Londres, Gianfranco foi peça fundamental para a conquista do título da Copa da Inglaterra de 1997, protagonizando lances de pura habilidade e belíssimos gols. A conquista da taça foi de extrema importância para o clube, que vivia um jejum de 26 anos sem coquistas de expressão.

Também ao fim da temporada 1996/97, o meia-atacante italiano foi eleito o melhor jogador a atuar na Inglaterra, uma honraria que jamais havia sido concedida a um atleta sem que ele houvesse atuado no país o ano todo, e que também fora conquistada pela primeira vez por um Blue.

O segundo ano de Zola no Chelsea, no entanto, foi ainda mais glorioso que o primeiro: junto a seus companheiros, conquistou a Copa da Liga, a Supercopa da UEFA e, de quebra, foi o grande herói da conquista da Recopa Européia, marcando o único gol da partida diante do Stuttgart, da Alemanha.

Já em 1999, com a idade pesando sobre seu desempenho, Gianfranco perdeu espaço na equipe titular com a chegada de atletas mais jovens, mas ainda teve importantes participações no título da Copa da Inglaterra daquela temporada e na classificação para a Liga dos Campeões, competição da qual o Chelsea nunca havia participado.

O camisa 25 ainda passou duas temporadas no clube com um desempenho muito abaixo daquele que o consagrou até voltar a brilhar mais uma vez com a camisa dos Pensioners. Em 2002/03, Zola alcançou a marca dos 16 gols no Campeonato Inglês, levando os Blues a mais uma edição da Champions League, além de ser eleito pelos torcedores o melhor jogador da Inglaterra antes de seu retorno à Itália.

Gianluca Vialli

No Chelsea, Vialli exerceu ao longo de toda uma temporada o papel de jogador e técnico, tornando-se uma lenda no clube (Foto: Reprodução)

Contemporâneo de Zola, Gianluca Vialli também chegou ao Chelsea em 1996, como parte da recosntrução de elenco do técnico Ruud Gullit. Habilidoso, fez parte da conquista do título da Copa da Inglaterra em sua primeira temporada, apesar de alguns desentendimentos com Gullit o terem levado ao banco em boa parte da competição.

Durante a temporada 1997/98, especialmente após a demissão do treinador holandês, Vialli teve algumas de suas principais aparições com a camisa dos Blues, marcando gols de extrema importância em diversas competições. O atacante também retornou a posição de titular naquele ano, conquistando ao lado de seus companheiros a Copa da Liga, a Supercopa da UEFA e a Recopa Européia.

A carreira de Gianluca como atleta profissional, no entanto, não foi muito além disso. Em 1998/99, o camisa 9 dos Blues confirmou sua aposentadoria aos 33 anos, optando por seguir trabalhando no clube na posição de técnico, que ainda não havia sido preenchida.

Vialli já exercia a função ainda como jogador, e a aposentadoria dos gramados foi apenas uma oficialização do novo papel, o que tornou-o o primeiro técnico italiano da história do Chelsea.

Sob o comando do ex-jogador, além dos títulos conquistados imediatamente após a saída de Ruud Gullit, os Blues voaram. Faturaram o título da Supercopa da UEFA em 1999, além de terminar a Premier League na terceira posição, a melhor classificação do clube desde a década de 70.

Na temporada seguinte, o técnico italiano viu seus comandados cairem nas quartas de final de sua primeira Champions League, e terminou o Campeonato Inglês na decepcionante quinta posição. Mesmo assim, a equipe de Vialli chegou a conquistar o título da FA Cup ao fim daquele ano, sobre o Aston Villa.

Já na década de 2000, Gianluca guiou o Chelsea a mais um triunfo, ao bater o Manchester United na final da Supercopa da Inglaterra. Ao longo da temporada porém, assim como muitos dos jogadores que comandou, Vialli acabou deixando o clube londrino.

Roberto Di Matteo

Apesar do sucesso que fez como jogador, o grande feito de Di Matteo sempre será a conquista da Champions League na temporada 2011/12, ainda como técnico interino
(Foto: Getty Images)

Nascido na Suíça, Roberto Di Matteo foi naturalizado italiano graças a seus país, nascidos no país. Em 34 oportunidades, defendeu a Squadra Azzurra, tendo disputado a Eurocopa de 1996 e a Copa do Mundo de 1998 pela seleção.

Dono de passes habilidosos e de precisão extremamente apurada, não demorou muito para que Di Matteo se torna-se uma das grandes forças do elenco da década de 1990. Já em sua primeira temporada, tevem importante papel na conquista do título da FA Cup de 1997, marcando o primeiro gol da vitória por 2 a 0 sobre o Middlesbrough.

No ano seguinte, Roberto contribuiu com 10 gols e numerosas assistências para a campanha do Chelsea no Campeonato Inglês, além de marcar o segundo gol na nova vitória, também por 2 a 0, dos Blues sobre o Middlesbrough na grande final da Copa da Liga Inglesa.

O italiano aida conquistou mais um título da FA Cup com o Chelsea, mas em 2000 sofreu uma lesão que o afastou da titularidade que ocupava. Ainda assim, o meia voltou a se recuperar, marcando uma série de gols importantes para a história do clube.

No entanto, em 2000/01, o camisa 16 dos Blues voltou a sofrer uma nova lesão, de maior seriedade desta vez. Uma fratura tripla na perna que afastaria Di Matteo dos gramados por, pelo menos, oito meses, colocou um ponto final em sua carreira de atleta profissional com apenas 31 anos.

Com a aposentadoria precoce porém, Roberto decidiu seguir carreira como técnico e, em 2012, retornou ao Chelsea como auxiliar de André Villas-Boas após passagens pelo Milton Keynes Dons e o West Bromwich Albion. Tendo um começo inconstante sobe a liderança do clube londrino, Villas-Boas não durou muito, e Di Matteo acabou assumindo a liderança como técnico interino.

Com um desempenho surpreendente, principalmente a partir do início de 2012, o italiano viu, através de seu comando, os Blues conquistarem o título da FA Cup sobre o Liverpool e a tão sonhada Champions League. Desta forma, o Chelsea se tornou a primeira – e, até hoje, única equipe londrina – a conquistar a Europa.

Após ser efetivado como treinador na temporada 2012/13 porém, Roberto Di Matteo não viu seu sucesso se repetir. Após perder o Mundial de Clubes e ser eliminado ainda na fase de grupos da Liga dos Campeões, os resultados pesaram, e Di Matteo foi demitido, dando lugar ao espanhol Rafa Benítez.

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Article by: Chelsea Brasil

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