Crônicas: Intensidade derrota a tática em Wembley

Neutralizado durante boa parte do jogo, Fàbregas não teve a participação ofensiva habitual (Foto: Getty)

Após um início de jogo com muito pragmatismo e rodagem de bola, Chelsea e Arsenal começaram a mostrar suas cartas. Os Blues tiveram bastante rotatividade entre Willian (peça mais ativa do primeiro tempo), Hazard, Ramires e Fàbregas, sendo que o espanhol alternava entre as posições de armador e volante. Nos seus momentos de armação, entretanto, pouco conseguia fazer perante a uma marcação bem executada pelos volantes gunners, fazendo com que o Chelsea tivesse dificuldades para assustar. Na marcação, Cesc fechava o meio ao lado Ramires e Matic, com Willian e Hazard recompondo pelos lados, caracterizando um 4-5-1.

O Arsenal, sem nenhuma novidade entre os jogadores de linha, manteve a característica intensidade da temporada passada. Walcott, escalado como centroavante, teve papel fundamental para a abertura de espaços, sendo inclusive o assistente para o gol da partida.

Percebendo uma falha na recomposição dos volantes do Chelsea, Walcott saiu da área e aproveitou o “buraco” no meio-campo. Ozil enxergou a movimentação e deu belo passe para o atacante inglês, que abriu para Ox Chamberlain. Azpilicueta, que certamente conhece o jogador que estava marcando, foi surpreendido por um movimento que levou a bola para o pé esquerdo e foi concluído com uma ótima finalização.

Com a apatia de Fàbregas, Matic tentava passes de efeito e tinha algum êxito. Após o gol, Ramires passou a ser peça-chave para a recuperação de posse, marcando pressão. Dessa forma, quase marcou de fora da área após uma roubada de bola. Coquelin, Cazorla e Ramsey faziam uma marcação impecável pelo meio, assim como Ozil e Chamberlain pelos flancos. No único momento em que Cazorla “largou” Ramires, o brasileiro apareceu livre na área e perdeu um gol incrível após cruzamento de Remy. O Arsenal seguiu se limitando à contra-ataques até o final do primeiro tempo, com Chamberlain sobrando pra cima de Azpilicueta e sendo o melhor homem em campo.

Na segunda etapa, o Arsenal teve uma postura ainda mais defensiva, mas seguia assustando em contra-ataques. Sempre desatento com as costas, Ivanovic esteve perdido durante todo o jogo. O Chelsea só conseguiu melhorar após a entrada de Oscar no lugar de Ramires, voltando com o desenho original do meio-campo e dando mais conforto para Fàbregas. Após a mudança, o espanhol deixou Hazard e Falcao em ótimas condições de marcar, mas as finalizações não foram boas. Na parte final do jogo, a equipe sofreu com a retranca dos Gunners e passou a errar diversos passes. Falcao se movimentou pouco durante a partida e não dava muitas opções, enquanto Hazard, figura individual mais talentosa do Chelsea, não teve um dia inspirado.

A melhor oportunidade da reta final veio em uma cobrança de falta de Oscar, que causou uma linda defesa de Cech (como é difícil dizer isso). Em balanço, a equipe do Chelsea se impôs mais e esteve bem taticamente, mas foi derrotado por “morder a isca” deixada por Wenger. Jogo de luxo que serviu como um ótimo preparatório para a temporada 2015/16.

*A partir dessa temporada, cada partida terá um texto pós-jogo nos moldes habituais e outro no formato de crônica.

Category: Competições

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Article by: Chelsea Brasil

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