Colunas: Preocupação

Adaptação lenta (Foto: Telegraph)

A todo tempo, no atual futebol, é prezado pela paciência. Cada país tem a sua cultura, a sua forma um pouco mais própria de jogo, a sua torcida. E essa é uma tecla importante, que sempre deve ser batida. Jogador de futebol não é um robô, precisa de tempo. Esqueça o que você aprendeu no FIFA e no Pro Evolution Soccer.

Mas essa não é a questão hoje. Mesmo com a adaptação lenta, ainda não poderíamos cobrar que Cuadrado, a essa altura, já fosse titular absoluto. O winger foi contratado no final de janeiro, ainda está em “fase de testes”. Mas, se é cedo para cobrarmos que ele seja um destaque da equipe, não é tão cedo assim para ficarmos levemente preocupados.

Cuadrado é um driblador. Mourinho sabia (ou deveria saber) disso quando o contratou. Esse não é lá um grande problema, visto que jogadores como Eden Hazard e Aléxis Sanchez, por exemplo, vem alcançando sucesso na Premier League tendo adotado esse estilo. O real problema é outro.

Insegurança. Indecisão. Quando tem a bola em seus pés, o colombiano acaba sempre segurando-a alguns segundos a mais do que o ideal. Se tem um conceito que define a Premier League, é o tal do dinamismo. Você precisa estar sempre ligado, atento ao jogo, observando-o, para buscar boas opções de passe ou de drible com a maior rapidez possível. Nesse cenário, Cuadrado está em marcha lenta.

Já foi comum ver o jogador matando alguns contra-ataques, sendo parado pela defesa em tentativas de jogadas individuais e errando passes bobos. E tudo isso com poucos minutos de campo, visto que ele geralmente só é lançado por Mourinho no final das partidas. Sua insegurança ao ter a bola aos pés parece bem visível, e já era tempo de isso ter sido pelo menos amenizado.

É fato que dribladores só se destacam em campeonatos como a Premier League quando são diferenciados tecnicamente, como os dois exemplos citados parágrafos acima. Para se adotar esse estilo de jogo, são necessários muitos adicionais.

O Cuadrado da Fiorentina e da Seleção Colombiana era, sim, diferenciado, tanto que na temporada passada foi um dos cinco melhores jogadores da Europa em dribles completos. Mas essa ansiedade e falta de preparo que o colombiano está demonstrando nesses primeiros momentos com a camisa do Chelsea devem acabar em breve, ou pode acabar sendo tarde. Mourinho não é famoso pela paciência.

As palavras contidas nessa reportagem condizem à opinião do autor, não tendo qualquer relação com o Chelsea Brasil.

Category: Opinião

Tags:

Article by: Chelsea Brasil

Somos o Chelsea Brasil, marca oficialmente reconhecida pelo Chelsea no Brasil e especializado em conteúdos e na comunidade de torcedores do Chelsea no Brasil.