O chefe do departamento médico da FIFA, Michel D’Hooghe, concedeu uma entrevista nesta quinta-feira (09) em uma palestra em Londres, na conferência Leaders and Sports, onde apoiou e elogiou a maneira de como os médicos do Chelsea atuaram no atendimento ao goleiro Thibaut Courtois.
Courtois ficou em campo apenas por 13 minutos na última partida, o clássico contra o Arsenal, devido ao choque que sofreu com o joelho de Alexis Sanchez. O goleiro belga foi atendido e substituído por Petr Cech.
“No caso do Chelsea, eu acredito que a equipe médica fez um fantástico atendimento. Ela (Dr. Eva Carneiro) chegou a uma conclusão de que Courtois poderia continuar no jogo, mas ela continuou observando o jogador e a partir do momento que ele começou a não se sentir bem – o que é bastante normal em casos de concussões – eles tomaram a decisão certa ao retirá-lo do jogo”
Segundo o Dr. D’Hooghe, os médicos dos clubes tem que atender seus jogadores independentemente de pressões externas para que o atleta continue em campo.
“O médico de um clube pode ceder a pressão de um técnico, de um estádio todo, mas apenas o médico sabe exatamente o comportamento normal de seu jogador. Se ele tem uma concussão, o normal a se fazer depois é a substituição. Isso, um médico neutro não poderia jamais julgar.”
Para essa temporada, a Fifa implementou novas regras para o atendimento de jogadores com lesão na região da cabeça, onde o árbitro pode paralisar o jogo por até três minutos. Caso o jogador ainda precise de atendimento após esse tempo, ele deverá ser substituído.
“Agora nós temos essa nova regra, também para partidas internacionais. Eu estou por trás dessa proposta. Temos que proteger cada vez mais a saúde de nosso jogadores.”
Após novos exames, Courtois foi liberado pelos médicos para voltar aos treinamentos. O goleiro está com a seleção Belga, onde poderá disputar as partidas contra Andorra (10/10) e Bósnia-Herzegovina (13/10), pelas eliminatórias para a Euro-2016.
