De dispensável à peça-chave, Victor Moses renasce nas mãos de Conte

A derrota para o Arsenal, ainda na sexta rodada, foi um divisor de águas na campanha do Chelsea na Premier League. Depois da trágica partida, Antonio Conte promoveu diversas modificações na equipe, desde a troca de esquema tático para o atual 3-4-3, até a entrada de atletas que ainda não haviam atuado como titulares pelo clube na competição. Este é o caso do meia Victor Moses, uma das peças fundamentais do esquema utilizado pelo treinador, mas que por temporadas foi considerado um jogador ‘desnecessário’ por José Mourinho, ex-comandante dos Blues.

Contratado pelo Chelsea em 2012, o meia fez um total de 43 partidas na sua primeira temporada em Londres, sob os olhares de Roberto Di Matteo, e posteriormente, do técnico interino Rafa Benitez. Com a chegada de Mourinho, porém, Moses foi colocado de lado por não ser considerado pelo treinador português um jogador bom o suficiente para atuar pela equipe principal dos Blues. O camisa 15 então acabou sendo emprestado nas últimas três temporadas para outras equipes da liga inglesa.

Depois de passar por Liverpool, Stoke e West Ham sem conseguir se firmar, acabou voltando para o Chelsea ao fim da última temporada, com um futuro incerto – até o início da pré-temporada. Desde seu primeiro contato com o jogador, Conte diz que ficou impressionado com o potencial do nigeriano, e por isso decidiu mantê-lo em Londres, dando a Moses uma nova oportunidade após três anos sendo mandado de um clube a outro.

E a aposta do italiano não poderia gerar melhores frutos. Optando por atribuir ao meia a função de atuar pela lateral direita do campo, que permite ao jogador maior movimentação entre ataque e defesa, Conte viu o camisa 15 prosperar rapidamente. E, com ele, o resto de sua equipe.

Há seis partidas, o Chelsea não conhece um resultado diferente da vitória, e sem sofrer gols. Parte dos méritos se devem a Moses, cuja força física e agilidade fazem com que transite rapidamente de um lado ao outro do campo, participando tanto de lances de ataque quanto auxiliando na marcação de seus adversários.

‘Moses tem qualidades importantes: técnica, força física e a habilidade de correr 70 metros do campo’, disse Conte. ‘Acho incrível que alguém como ele tenha sido tão subestimado.’

Não é segredo que essa evolução seja também resultado da própria mudança tática promovida pelo treinador. O 3-4-3 implantado pelo italiano é algo próximo da perfeição. Não a toa, seus comandado se adequaram a ele com tanta naturalidade. É uma formação que traz segurança do ataque a defesa e, por isso, tem dado tão certo.

“Acabamos indo para essa formação porque é o que melhor se adéqua a equipe. Ideias são a base do nosso trabalho, mas é preciso levar em conta as características dos seus jogadores. Eu sempre considerei o equilíbrio uma qualidade essencial para um time. As duas fases, ofensiva e defensiva, são igualmente importantes e interagem entre si.”

E é essa segurança, em união à visão de Conte, que tem levado jogadores como Moses a crescerem tanto em campo, dando espaço para mostrarem suas habilidades e trazendo grandes resultados para os lados de Stamford Bridge.

Category: Chelsea Football Club

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Article by: Chelsea Brasil

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