Courtois: “Eu senti que era o momento certo para ir pro Chelsea”

Courtois tem desempenhado um papel importante para invencibilidade do Chelsea na temporada (Foto: Ian Kington/Getty Images)
Courtois tem desempenhado um papel importante para invencibilidade do Chelsea na temporada (Foto: Ian Kington/Getty Images)

O jovem goleiro belga, Thibaut Courtois, é considerado por muitos um dos melhores goleiros da atualidade e potencial candidato a melhor goleiro do mundo dentro de alguns anos. Contratado pelo Chelsea em 2011, o jogador foi emprestado ao Atlético de Madrid onde consolidou sua carreira e se tornou peça chave no time espanhol.

Nesta temporada, Courtois voltou ao Chelsea e continua se destacando dentro de campo. Porém, para Courtois, a ‘’virada’’ na sua carreira veio com a convocação para as eliminatórias da Euro 2012 contra Cazaquistão e Alemanha.

“Vincent Kompany e [Daniel] Van Buyten estavam lá, dois grandes jogadores, e eu tinha 19 anos e estava no elenco pela primeira vez”, lembra. “Como novato, eu estava com medo de gritar com eles, quando estávamos nos organizando ou definindo peças, para dizer-lhes que eles tinham que marcar ou onde ficar. Você não se atreve. Mas, mesmo tímido no início, você tem que aprender a fazer-se ouvir”, acrescentou.

Depois de um grande temporada com o Atlético de Madrid, José Mourinho procurou Courtois para oferecer uma oportunidade para se destacar ainda mais.

“Os primeiros dois anos no Atlético tinham corrido bem e, em 2013, o Chelsea me queria de volta, mas eu não estava 100%. Eu sabia que um terceiro ano na Espanha seria talvez uma chance de fazer algo especial. E fizemos isso por ganhar La Liga e chegar à final da Liga dos Campeões”.

“Depois disso, senti o momento certo para ir para o Chelsea. Mourinho havia me chamado apenas uma vez, no início deste ano, para dar a sua impressão sobre a próxima temporada. Ele estava falando sobre esta campanha, dizendo como ele via as coisas para toda a equipe. Ele disse que teríamos uma equipa forte e queria que eu fosse parte disso. Essa foi a essência: ele esperava que eu voltasse”.

“Trabalhar para ele agora é fácil. Ver por que todos que estão ao seu lado têm essa mentalidade de luta. Ele motiva você. Se o treinador não é tão forte, transmitindo o tipo de espírito que ele tem, os jogadores nem sempre lidam bem com isso. A vida se torna difícil. Mas, com Mourinho, tudo é bom. Ele sabe quando estar entre os seus jogadores, como “um de nós” fazendo piadas como um amigo, e quando ser forte e distante, mesmo de forma grave. É assim que tem que ser para que o time fique afiado. [Diego] Simeone fez isso, também, à sua própria maneira”, destacou.

A goleada do Atletico de Madrid sobre o Chelsea na Super Copa da UEFA foi o começo do fim do comando do técnico que venceu a Liga dos Campeões com os Blues. Em abril, outro reencontro com o Atlético de Madrid (dessa vez na semifinais da Liga dos Campeões), marcou uma nova renovação no clube londrino que passaria a contar com Filipe Luís, Diego Costa e Courtois.

“Não eram muitas as equipes que poderiam ter nos vencido naquele momento”, afirmou o goleiro. “Nós tivemos a nossa organização. Essa foi uma das nossas maiores qualidades, assim como a classe individual de Koke ou Costa. Talvez, individualmente, não éramos os melhores na Espanha. Se você olhar para nós, individualmente, esta equipe do Chelsea é mais forte do que a do Atlético na temporada passada. Mas o que era importante era que trabalhar duro para si e para a equipe; correr um para o outro; recuperar o erro uns dos outros; dar tudo o que puder”, concluiu.

“Aqui no Chelsea também estamos fazendo isso, o que, talvez, é o motivo pelo qual estamos topo da liga. Não só temos qualidade individual, mas também temos o espírito de equipe. Essa mentalidade de luta. Em Liverpool tivemos trabalho, mas ganhamos e isso não é fácil em um lugar como aquele. Outros jogos, quando estivemos lutando, sempre saímos com alguma coisa”.

Contra o Arsenal, em uma colisão com Alexis Sánchez, Courtois se lesionou e chegou a ser levado para o hospital. Cech o substituiu em campo, naquela ocasião.

Não muito tempo depois que o jogo terminou, eu estava no hospital e Petr tentou me ligar duas vezes e depois ele me mandou uma mensagem”, lembrou-se Courtois.

A lesão foi menos grave do que inicialmente se temia. Cech, que sofreu uma fratura no crânio há oito anos, passou aquela noite aconselhando Courtois para proteger a cabeça de um impacto.

No dia em que eu trouxe o meu exame médico, Petr veio para dizer ‘Olá e bem-vindo’, assim como Drogba e John [Terry]. Nós treinamos muito bem agora, falando um monte de coisas que podem acontecer em um jogo. É uma relação agradável. Eu entendo que, talvez, ele não está feliz que ele não esteja jogando e isso é normal. Eu estaria assim também. Mas nos damos bem. No Atlético, o ‘segundo goleiro’ nem sempre falava comigo. Não era ciúme; era mais frustração, mas significava que não nos dávamos bem. Isso é uma pena, porque, normalmente, os goleiros estão sozinhos trabalhando juntos. Não era como aqui”, garantiu.

Cech fez parte de um ‘’grupo’’ de jogadores muito influentes dentro do Chelsea. Junto com Drogba, Terry e Lampard, o goleiro inspirava o restante da equipe. A nova equipe se apoia no talento de Hazard ou Oscar, na desenvoltura de Ivanovic e também na segurança oferecida por Courtois no gol.

“Eu não estou dizendo que eu sou o líder, mas eu sinto que eu posso dizer alguma coisa para melhorar a equipe. No Chelsea temos John Terry, um grande líder, assim como jogadores como Drogba. No vestiário eu vou deixar a gritaria para eles. Talvez isso mude no futuro, mas, por agora, eu sou apenas um novato neste clube”, encerrou.

Category: Chelsea Football Club

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Article by: Chelsea Brasil

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